Juafolia vai custar cerca de R$700 mil

Evento vai acontecer nos dias 08 e 09 de julho com shows de Zé Vaqueiro, Lex Luthor, Pedro Mota e Henrique, Matheus Ullhoa e Gabriel, Banda Pégasus, Deise Araújo, Chocolate e Dj Willian Silva. Festa que será no Poliesportivo e terá show infantil e rua de Lazer

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Uma publicação no Diário Oficial do Município divulgou a licitação para contratação da “Associação Educativa e Cultural de Mateus Leme”, que receberá R$ 600 mil para fazer a gestão, organização e realização do projeto “JuaFolia 2022 – 30 anos de Juatuba”. A associação é uma OSCIP, e está qualificada juridicamente para atuar em áreas do setor público com interesse social.

O valor de R$600 mil, acrescido de outras contratações para o evento que chegam a R$100 mil acabou rendendo críticas e indo parar em grupos de WhatsApp e no Facebook. A alegação é que Juatuba gastará cerca de R$700 mil para realizar um dia de festa, com apenas uma programação artística de renome nacional..

“CPI do sertanejo”

Recentemente, o cantor sertanejo Gustavo Lima teve pelo menos dois shows cancelados em cidades do interior da Bahia e de Minas Gerais que seriam pagos com verbas públicas, além de outros sob investigação. As decisões pelo cancelamento de eventos ocorrem na esteira de investigações que passaram a ser chamadas informalmente nas redes sociais de “CPI do Sertanejo”.

Já a cidade Conceição do Mato Dentro, que fica a cerca de 200 km de Juatuba, anunciou que assinou uma rescisão de contrato, em comum acordo com representantes do cantor, cancelando a apresentação do artista na Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos.

O show de Lima custaria cerca de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos do município de cerca de 18 mil habitantes. Ao todo, cerca de R$ 2,3 milhões seriam gastos com shows, mas o dinheiro deveria ser investido apenas em educação, saúde e infraestrutura já que os recursos eram provenientes de Compensação Financeira pela Exploração Mineral, tributo pago por mineradoras.

Juatuba e Mateus Leme foram cidades afetadas por fortes chuvas que castigaram Minas Gerais e desde então estavam em estado de emergência e/ou calamidade pública. Os internautas dos municípios questionam a realização do evento, antes mesmo da reforma de pontes, ruas e estradas que foram destruídas pelas enchentes.

Além disso, o ponto mais questionado nas duas cidades é a má qualidade no atendimento de saúde, a falta de remédios nos postos e de médicos. Embora ainda não tenha sido apresentada denúncia, internautas pedem pelas redes sociais, que o Ministério Público investigue os gastos das duas cidades com os eventos.

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