Juatuba confirmou nesta semana a primeira morte por leishmaniose em ser humano este ano e o fato foi relatado à reportagem através de amigos da vítima, um jovem de 24 anos, que morava no bairro Eldorado.
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações. Segundo o Ministério da Saúde, no ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor. A transmissão acontece quando fêmeas dos mosquitos-palha picam cães ou outros animais infectados e, depois, picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.
Em diversas reportagens, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme denunciou o abandono, maus tratos e falta de atendimento aos animais de rua em Juatuba. Recentemente registramos diversos cães machucados, vagando pela praça dos Três Poderes além de denúncias de abandono no projeto Animal Luz. Segundo defensores da causa animal “as ruas estão lotadas de cães com a doença, muitos com dentes e unhas caindo, feridas pelo corpo e agonizando”.
“A situação é crítica e a prefeitura não faz nada. Como no caso do jovem que faleceu com leishmaniose no Eldorado, será que estão esperando se transformar em uma epidemia”, questionou uma moradora de Francelinos.
A reportagem tentou contato com a prefeitura para saber se será feito um inquérito canino em um raio de 100 metros da casa onde a vítima da doença residia, no entanto, até o fechamento desta edição não conseguimos contato.
Tratamento
O tratamento para a leishmaniose está disponível pelo Sistema Único de Saúde e os medicamentos utilizados não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães, no entanto, o homem não é transmissor da doença.
Já nos cães, o tratamento resolve os sintomas clínicos, mas os animais continuam como fonte de infecção. Por isso, a eutanásia é recomendada pelo Ministério da Saúde.