A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma das formas de violação dos direitos humanos e um grave problema de saúde pública. Os casos estão presentes no cotidiano das brasileiras e, desde o assédio moral e sexual até o feminicídio, diferentes dimensões da violência marcam a experiência da vida de mulheres de todas as idades no País. As causas mais frequentes da violência contra mulheres estão relacionadas ao machismo e à estrutura patriarcal da sociedade. O ciúme, a sensação de posse, a necessidade de controle e a concepção de que a mulher deve satisfazer o homem são as principais motivações.
Durante a reunião ordinária desta semana, o vereador Jurandir dos Santos apresentou um dado preocupante da situação de violência contra a mulher em Juatuba. Segundo o parlamentar, o município apresenta altos números de violação dos direitos femininos.
“Dados que eu solicitei à Polícia Civil, apontam que de janeiro de 2018 a dezembro de 2021, foram registrados 1.060 casos de violência contra a mulher em Juatuba. O número é extremamente preocupante e prova que são necessárias políticas públicas para o acolhimento das mulheres agredidas”, destacou.
Jurandir explicou ainda que muitas mulheres não procuram ajuda ou denunciam casos corriqueiros, não relacionados à violência física ou sexual, por acharem que o mesmo não se enquadra em crime. O vereador apresentou alguns tópicos explicando os cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher, descritos na Lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.