Juatuba vai ganhar casa de apoio de amparo às mulheres vítimas de violência

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A construção da tão esperada Casa de Apoio para mulheres vítimas de violência em Juatuba vai se tornar realidade nos próximos dois anos. De acordo com informações da Agência Minas, o início da execução do Centro de Apoio às Mulheres em Situação de Violência Doméstica – Casa Acolhe Minas, Bacia do Paraopeba, foi autorizado pelo Governo do Estado, Ministério Público e Defensoria Pública de Minas Gerais e pelo Ministério Público Federal. A iniciativa faz parte do acordo de reparação da Vale, decorrente do desastre de Brumadinho em 2019 que vitimou 272 pessoas. 

Juatuba, uma das cidades com maior índice de criminalidade na região foi escolhida para abrigar a Casa de Acolhimento que também atenderá 17 municípios afetados pelo rompimento da barragem, incluindo Brumadinho, Caetanópolis, Félixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Mateus Leme, Paineiras, Papagaios, Paraopeba, Pequi, São Gonçalo do Abaeté, São Joaquim de Bicas e São José da Varginha.

O investimento estimado para a construção da casa é de R$ 23,8 milhões. De acordo com o portal do governo, a primeira fase será a elaboração do projeto de engenharia, que deve ser concluído em um ano e quatro meses. Em seguida, será iniciada a obra, cuja execução deve se estender por mais um ano. Dessa forma, a expectativa é que o imóvel seja entregue em dois anos e quatro meses.

Além da Casa de Apoio, o projeto também inclui a criação de um Centro de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar, uma Defensoria Especializada na defesa dos direitos das mulheres em situação de violência de gênero e um espaço integrado com o Sistema de Justiça e Polícia Civil. 

A proposta é que as vítimas tenham atendimento tanto online como presencial, além de abrigo emergencial. 

A MAB -Movimento dos Atingidos por Barragens, em Juatuba, celebrou a iniciativa.  “É uma grande conquista para nós, principalmente porque ela vem como reparação para a bacia do Paraopeba, de encontro com uma carência da região, principalmente de Juatuba, que é a questão da violência”, comentou um representante do movimento.