Juatubenses criam movimento contra compra de votos

“Para a cidade crescer e evoluir, não venda seu voto ou troque por cesta básica. Vote com consciência e não por necessidade. Estufa os zooi”, dizia placa instalada na Praça do Tinga, que foi retirada em uma semana.

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As eleições estão chegando e é importante que o eleitor fique atento a uma questão muito séria: a compra e venda de votos. O Código Eleitoral determina até quatro anos de prisão não somente para candidatos que oferecem dinheiro ou bens em troca de votos, mas também para o eleitor que recebe dinheiro ou qualquer outra vantagem.

De forma a auxiliar nas denúncias e também conscientizar os juatubenses, Renan e Elias resolveram criar um movimento no município contra a compra de votos, que segundo eles, estava escancarada na última eleição municipal.

“Estávamos conversando sobre o cenário político federal e no meio da conversa comentávamos sobre o fato da compra e venda de votos ser o motivo das cidades não avançarem em infraestrutura, saúde, educação. Foi aí que surgiu a ideia da criação do movimento “estufa os zói, que é uma frase muito dita aqui na cidade por pessoas com mais experiência”, contou Elias Emanuel do Nascimento, um dos idealizadores do movimento.

Ainda segundo Elias, morador do bairro Bela Vista / Nova I, a principal bandeira defendida pelo “estufa os zóoiii” é a da conscientização, mostrando para as pessoas as consequências das pessoas venderem ou trocarem seu voto.

 “Tivemos tanta adesão que fizemos um adesivaço no Centro de Juatuba, no dia 27 de agosto. Hoje temos adesivados entre carros e motos 545 veículos. Também instalamos faixas com a ideia do movimento, mas infelizmente a faixa que deixamos na praça do Tinga, permaneceu apenas por uma semana, falaram que foi o vento que retirou”, revela.

Embora o movimento tenha sido criado às vésperas da eleição, o idealizador explica que não há cunho político partidário. ”Essa questão não tem nada a ver com movimento partidário. Mas posso dizer que como eles retiraram minha possibilidade de ser eleito em 2024, vou para cima desta questão suja, que é a compra de votos. Não é partidarismo, é conscientização”, finaliza Elias.

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