Esse já é o segundo ano consecutivo em que os servidores públicos de Juatuba são obrigados a mendigar um reajuste digno para todas categorias, e o mais humilhante: que ele seja feito de forma retroativa, com data base de fevereiro.
Após a repercussão negativa, pressão e protestos de servidores, críticas e ameaça do Sindserj de iniciar uma operação de redução de jornada de trabalho, o prefeito Adônis Pereira, encaminhou projeto de lei para a Câmara propondo reajuste de 6% aos servidores, com data base de janeiro de 2023. Segundo a matéria, o reajuste passará a valer a partir do dia 1º de julho e serão beneficiados também os agentes políticos, ou seja, o prefeito, a vice, vereadores e secretários.
Na primeira reunião ordinária da volta do recesso parlamentar, o reajuste foi cobrado novamente. Dessa vez, o vereador Messias Leão disse que os vereadores estão “sendo humilhados e obrigados a ficar com o pires na mão, mendigando o reajuste ou proposições básicas ao prefeito”.
Corrigindo a fala de Messias, o vereador Marcos Leiturista afirmou ele estava equivocado e que o prefeito deveria respeitar os parlamentares, que são os reais representantes do povo. “Se ele não nos respeita, ele está desrespeitando a vontade do povo juatubense”, disse indignado. O assunto fez com que a reunião virasse palco de manifestações e críticas a Adônis e, para tentar acalmar os ânimos, o presidente da Câmara, Laécio do Silvestre, afirmou que está tentando uma negociação junto ao prefeito de um aumento no percentual de 6 para 9%, bem como o pagamento retroativo.
