Líder comunitário acusa procurador adjunto de “beneficiar imobiliárias em Mateus Leme”

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Há um mês, o líder comunitário dos bairros Atalaia, Coqueiral, Tiradentes e Paraíso esteve na tribuna da Câmara e comoveu os vereadores quando relatou situações extremas em que crianças e idosos da região ficam sem água por quase 30 dias e são obrigados a utilizar e beber água imprópria para o consumo, de uma lagoa.

Além de tecer duras críticas à administração do prefeito Dr. Renilton e também à Copasa, Paulo Márcio afirmou que além de não ter água encanada, a comunidade convive há 30 anos com a falta de infraestrutura, como ruas calçadas ou asfaltadas, meio fios, passeio e iluminação pública. Na ocasião Paulo criticou também a ação de um servidor da prefeitura, que segundo ele, estava “advogando a favor de imobiliárias e proprietários de loteamentos da região, beneficiando os empresários e prejudicando os moradores dos bairros”. No entanto, o líder comunitário, não mencionou nomes e ficou de levar a informação ao legislativo em outra ocasião.

Esta semana, Paulo Márcio retornou à Câmara e utilizou a tribuna para dizer que se passou um mês, e nada foi resolvido para a comunidade, que os caminhões pipa que levam água continuam insuficientes e que “a população continua passando sede”.

“Tem dinheiro para tudo, até para festa, só não tem para a vida humana. Estamos vivendo como sitiantes da década de 1930, sem qualquer infraestrutura. O município recebeu muita verba, mas nada foi investido nos últimos anos”.

Indignado com a situação, o líder comunitário denunciou que o advogado que trabalha para imobiliárias donas dos loteamentos nos bairros é o procurador-adjunto do município, Dr. Maxwell. “Ele estava notificando os moradores para abandonar e entregar os imóveis em nome das imobiliárias. São pessoas humildes que moram no local há mais de 20 anos e o mais absurdo é que são eleitores do atual prefeito. Quando estive na prefeitura, Dr. Maxwell me recebeu como procurador-adjunto e, hoje ele está defendendo empreendedores imobiliários”, acusou.

Ainda de acordo com o denunciante, o procurador-adjunto, que deveria defender os interesses do município e obrigar os empreendimentos a entregarem os loteamentos com infraestrutura, “está advogando contra os moradores e a favor dos empresários. Eu desconheço a lei e não sei se é ilegal, mas com certeza é imoral”, disse Paulo.