Lideranças de Juatuba discutem plano elaborado pela Arcadis e estudos que avaliam risco à saúde

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O Plano de Recuperação Socioambiental, elaborado pela empresa Arcadis, contratada pela mineradora Vale, após o desastre do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, tem exigido atenção das Assessorias Técnicas Independentes e das pessoas atingidas em cidades vizinhas à Brumadinho. Mais de 150 moradores ribeirinhos ao Paraopeba têm discutido o plano contratado pela empresa.

O Plano de Recuperação Socioambiental é uma determinação da Justiça à Vale, que deverá responder no documento quais as medidas e ações serão adotadas pela mineradora para a recuperação do meio ambiente. Outro tema em discussão com as lideranças, são os Estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana e Risco Ecológico que têm o objetivo de identificar os riscos potenciais à saúde humana e ao meio ambiente devido à presença do rejeito no solo e nas águas do Rio Paraopeba, além de definir estratégias de intervenção para os territórios atingidos.

Atenção das pessoas atingidas

Com fases previstas para os 29 municípios, os estudos devem convidar as pessoas atingidas para conhecer as atividades realizadas. Porém, o desenvolvimento dos estudos e a elaboração do Plano Arcadis ainda geram receio entre as lideranças. “O que me deixa preocupado é o vínculo dessas empresas com a Vale, porque pode acontecer manipulação de informações. Será que nós estaremos sendo realmente representados por elas que estarão levantando toda essa questão de reparação e dos riscos”, questionou Washington Moreira, da Associação de Moradores de São José do Paraopeba.

Já as Assessorias Técnicas Independentes garantem que têm buscado uma metodologia que garanta a informação qualificada entre as comunidades atingidas sobre a execução dos estudos. Para isso, a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social consolidou coletivos formados pelos Agentes Multiplicadores nas duas regiões para aprofundar o debate.

“A partir desses coletivos, as próximas reuniões servirão para aprofundar assuntos para que a população atingida consiga ter o entendimento destes processos que se relacionam aos temas da reparação socioambiental”, explicou a técnica da Aedas.

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