Má conservação dos trilhos da linha férrea gera insegurança

Moradores denunciaram que VLI não faz manutenção da rede e que faltam parafusos, fixadores e até madeira para segurar os trilhos

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Sem manutenção, a linha férrea que passa por Mateus Leme está em estado crítico e a falta de conservação dos trilhos preocupa moradores que moram próximo à rede ferroviária. São cerca de 20 quilômetros de trilhos dentro da área urbana e em vários trechos não há sequer grade de proteção, o que aumenta o risco de atropelamento. 

“É muito perigoso, pois as pessoas que acessam o centro precisam cruzar a linha do trem, assim como os veículos. É impressionante a falta de atenção da concessionária da ferrovia, principalmente nestes trechos urbanos”, reclama a comerciante Adriana dos Santos.

Além da insegurança no trânsito, a falta de manutenção dos trilhos aumenta o risco de acidentes. Segundo denúncias que chegaram ao Jornal de Juatuba e Mateus Leme, em alguns locais ao longo da ferrovia, os dormentes estão podres, há parafusos soltos e o mato alto toma conta dos trilhos.

Perigo de reincidência

Em janeiro de 2016 um trem de carga descarrilou em Mateus Leme e onze vagões carregados de milho tombaram, esparramando a carga que seria levada para o Porto de Tubarão, em Vitória. A composição tinha cinco locomotivas e 80 vagões. Na época, análises preliminares apontaram que o volume de chuvas na região pode ter provocado danos significativos na estrutura que suporta a linha férrea, causando o acidente que, felizmente, não fez vítimas. 

O Jornal de Juatuba e Mateus Leme tentou contato com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), administradora do trecho, para saber sobre as intervenções previstas, mas até o fechamento desta edição não obtivemos retorno.

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