Mãe de criança autista denuncia a Prefeitura por falta de repasse de verbas à APAE

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A juatubense Nislaine Santos denunciou na Tribuna da Câmara, a falta de repasse de recursos da prefeitura para a manutenção dos serviços prestados pela APAE. Segundo Nislaine, os recursos são de emenda impositiva aprovada pelos vereadores.

“Desde dezembro, meu filho está sem atendimento de fonoaudiologia porque a emenda impositiva não foi repassada à APAE. Essa emenda foi aprovada aqui na Câmara, mas o prefeito não cumpriu com sua obrigação”, desabafou. 

Ela salientou ainda que a situação não afeta apenas seu filho Miguel, mas outras crianças que dependem de serviços essenciais oferecidos pela APAE. “Não estou representando só meu filho. Estou falando por mais de 50 famílias que aguardam por esse repasse que é uma questão de extrema importância”, enfatizou. 

Nislaine relatou tentativas frustradas de se reunir com o prefeito Adônis Pereira para discutir a situação. “Tentei uma reunião com ele, mas fui completamente ignorada. Por isso, precisamos muito do apoio da Câmara e de toda comunidade para encontrar uma solução. O dinheiro sabemos que tem, foi aprovado, e o prefeito deve cumprir a lei. Não estamos pedindo um favor; estamos pedindo que ele cumpra a lei.”

Ela também destacou a Lei 13.1446, que assegura direitos às pessoas com deficiência e reforça a obrigatoriedade de atendimento adequado a essas crianças pela saúde do município. “Se o prefeito não está cumprindo a lei, pedimos que os vereadores tomem uma posição mais firme. Nossos filhos estão sendo prejudicados. Quem é mãe e familiar de pessoas com deficiência sabe a importância dessas terapias oferecidas pela APAE para a qualidade de vida dos nossos familiares. Estamos muito decepcionados porque elegemos um representante para atender aos interesses do povo e isso não está acontecendo”, desabafou Nislaine.

A falta de repasse impacta não apenas o atendimento de fonoaudiologia, mas outros diversos serviços prestados pela APAE. Emislaine mencionou a necessidade de contratação de mais profissionais, como terapeutas ocupacionais, que poderiam ser contratados através dos recursos aprovados pela Câmara. “Tem terapeutas ocupacionais que poderiam estender o atendimento pois há  crianças na lista de espera e também é importante que uma psicóloga seja contratada para apoiar as mães”, explicou.