O assunto iluminação pública sempre foi pauta de reclamação dos moradores e reivindicação de diversos bairros de Mateus Leme. Grande parte da cidade, principalmente localidades mais afastadas, continuam sofrendo com as lâmpadas queimadas e a falta de manutenção da rede.
No início do ano passado, assim que tomou posse, o prefeito Renilton Coelho rescindiu o contrato com a empresa Global Construtora e Terraplenagem, que estava administrando a iluminação da cidade desde 2015 e aderiu a uma ata de registro de preços da Prefeitura de Itapagipe, para que a empresa AALOK Locação de Equipamentos Ltda, assumisse a responsabilidade pela iluminação pública de Mateus Leme.
A AALOK Locação de Equipamentos Ltda ficou responsável pelo serviço até 31 de dezembro de 2021 e o contrato acabou não sendo prorrogado. O que mais chamou a atenção da população foi o valor de contrato à época de R$ 2.365.000,00, ou seja, quase R$2 milhões a mais que o da empresa anterior, que era de R$400 mil.
Sabatina
Esta semana, o secretário de obras, Wisley Santiago, compareceu à Câmara para prestar esclarecimentos a respeito da iluminação pública da cidade. Ele explicou que o contrato com a AALOK encerrou e a prefeitura está finalizando a contratação de uma nova empresa.
Os vereadores reclamaram que a cidade está um “breu” e que os moradores de diversas regiões não param de reclamar. Porém, o secretário informou que “a empresa instalou 1.857 lâmpadas do modelo Led, que tem cinco anos de garantia e que diversos bairros foram atendidos”. Wisley confirmou também que a AALOK cumpriu o que estava expresso em contrato, no entanto ainda restam 4.373 luminárias para serem trocadas no município. “As lâmpadas antigas que foram trocadas eram todas do modelo vapor metálico e as que foram colocadas pela última empresa representam para o município uma economia de cerca de 70%”, explicou.
O valor por lâmpada
Os vereadores reiteraram a reclamação sobre a demora para a troca das lâmpadas e sobre pedidos e indicações da Câmara feitos há mais de três meses. Os vereadores Aldair Guimarães e Irene de Oliveira, também questionaram o valor unitário de cada equipamento, R$1.093 por luminária. Segundo o Secretário, com base em cálculos feitos pela secretaria em 2021, “foi constatado que a instalação das lâmpadas de modelo vapor metálico, ficariam ainda mais caras que os novos modelos instalados, e representariam um consumo maior”. Justificando a saída da AALOK que trocou apenas 1.857 lâmpadas, o secretário se limitou a dizer somente que “o contrato terminou”.
Para onde vão?
O presidente da Câmara, Wellington Batata, cobrou acerca da destinação dos equipamentos antigos, já que são todos de alumínio e não têm mais serventia para o município. “Sabemos que eles valem dinheiro e peço ao secretário que me indique o que está sendo feito com os equipamentos antigos”, questionou.
O secretário se comprometeu a levar as demandas ao prefeito e garantiu que o processo de contratação da nova empresa seria finalizado ainda esta semana. Disse ainda que assim que for concluído, vai apresentar aos vereadores informações acerca de valores, prestação de serviço e dados da empresa que assumirá o serviço.
A reportagem buscou informações acerca da contratação da nova empresa por meio do Diário Oficial do Município (DOM), no entanto a última publicação foi feita no dia 19 de abril, não mencionando qualquer prestação de serviço referente a iluminação pública.
