Máquina de asfalto parada há dois anos volta a ser tema de debate entre vereadores

Equipamento está no tempo, atrás da policlínica, envolvido com uma lona

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A máquina pavimentadora de asfalto que está parada e coberta com uma lona atrás da Policlínica foi novamente tema de críticas à administração do prefeito Adônis Pereira, durante a reunião da Câmara esta semana. A cobrança foi feita pelos vereadores Ted Saliba e Messias Leão, que disseram a importância de colocar a máquina em funcionamento para retirá-la do tempo e garantir a pavimentação das vias do município, “que se encontram caóticas”.

O assunto virou tema de debate após matéria no jornal de Juatuba e Mateus Leme em que moradores denunciaram que o prefeito Adônis fez ampla propaganda afirmando que “todas as ruas de terra de Juatuba seriam asfaltadas após a aquisição do equipamento”, mas que o mesmo está sem utilização há dois anos.

O líder do governo, vereador Jurandir dos Santos, argumentou que o projeto não saiu do papel devido às últimas chuvas, e que a população “deveria ter paciência, pois em breve o equipamento estará em funcionamento”. “O prefeito já se reuniu com os secretários para colocar a máquina em funcionamento. Peço um pouquinho de paciência pois vamos calçar, asfaltar e colocar bloquetes nas ruas”, prometeu Jurandir.

Ainda vai demorar

O equipamento foi adquirido há dois anos, por meio de uma parceria com uma empresa que constrói elevadores. A doação foi como contrapartida ao município pela concessão de um terreno localizado ao lado da empresa na BR-262, Km 373.

A fábrica seria instalada atrás do Poliesportivo, no entanto, em decorrência da necessidade de alvará ambiental, o equipamento não pôde ser montado próximo a áreas residenciais. O impasse acabou levando o município a escolher outro terreno para a montagem da usina, desta vez, localizado próximo à empresa Stilo, na MG-050, na Granja Alvorada, onde outra empresa seria instalada, mas teve a permissão de uso do terreno revertida por não cumprir os critérios de concessão.

O funcionamento da usina parece ser um projeto que não será cumprido a curto prazo, já que o equipamento é apenas um dos componentes para a preparação do asfalto. Além da máquina, são necessários caminhões, tratores, equipamento de moagem do material bruto, rolo compressor e um galpão para abrigar a misturadora.

População teme que fábrica de bloquetes também seja abandonada

“Não usou nem a máquina de asfalto que está parada, agora vai começar a novela da máquina de bloquetes”, disse internauta revoltado

Em maio de 2021, o vereador Kelissander Saliba informou a destinação de recursos de R$150 mil, através do deputado Federal Diego Andrade, para a compra de uma máquina para fabricar bloquetes, que serão instalados em vias de circulação de veículos leves de Juatuba.

Passados oito meses, o recurso já foi pago, no entanto a máquina ainda não foi adquirida pela prefeitura. A morosidade na aquisição do equipamento acabou sendo tema de reclamações na primeira reunião da Câmara deste ano.

O presidente do legislativo, Ted Saliba, que foi o articulador da emenda que destinou os recursos, indicou que seja feita a colocação de bloquetes nas ruas Várzea, Caxambú e Poços de Caldas em Francelinos. “A emenda do Deputado Diego Andrade foi depositada em agosto de 2021, portanto se faz necessária a aquisição da fábrica de bloquetes e colocação dos mesmos em áreas mais carentes para melhorar a qualidade de vida das pessoas”.

Ted fez questão de destacar a morosidade na aquisição do equipamento e o medo da população de que ele seja abandonado igual a máquina de asfalto. “Estamos cobrando a realização desta licitação desde o ano passado. Espero que ela seja concretizada e ajude as inúmeras pessoas que sofrem com a má qualidade das vias. Estamos sendo constantemente indagados pela população acerca da aquisição do equipamento”, pontuou.

Durante a live da reunião ordinária, diversos internautas opinaram sobre o tema. “Não usaram nem a máquina de asfalto, agora vai começar a novela da máquina de bloquetes. Chega de gastar dinheiro Público atoa. Não colocaram a usina em funcionamento porque não quiseram, agora ficam jogando a culpa nas chuvas”, destacou Nilson de Souza Porto, morador de Boa Vista.

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