Loteamento virou centro de polêmica que começou no fim do ano com boatos sobre a revisão do plano diretor de Mateus Leme
No final do ano passado, o anúncio de uma audiência pública para discutir a revisão do plano diretor de Mateus Leme causou revolta e confusão na cidade. Um abaixo-assinado foi criado on-line pedindo o cancelamento da audiência em prol da proteção da Serra do Elefante, isso em razão de um loteamento que está em construção “aos pés” da serra. A reunião foi adiada e com a mudança de governo a questão voltou à tona.
Na última semana, o atual secretário municipal de meio ambiente, Heleno Maia, se reuniu com os responsáveis pelo bairro Reserva da Serra e fez uma visita à área onde o loteamento está sendo erguido a fim de emitir parecer. Anteriormente, o ex-prefeito Júlio Fares, em transmissão nas suas redes sociais, explicou que o pedido de anuência do loteamento foi aprovado por administrações anteriores e, conforme protocolo, foi encaminhado para a Agência Metropolitana para autorização, posteriormente obtida.
Maia também se encontrou com os membros da Associação de Amigos da Serra do Elefante (AASE), que apresentaram as demandas do grupo para a administração municipal. Entre os assuntos tratados está a solicitação formal do cadastro da UC no IEF para que conste no sistema e evite passar despercebida nos pedidos de anuência dos empreendedores, informações sobre composição do CODEMA e processos referentes a licenciamento dos empreendimentos.
A associação também demonstrou discordância com a condução da revisão do plano diretor e com o produto final do mesmo que fere os interesses do grupo. De acordo com publicação da AASE, o secretário demonstrou concordância com o posicionamento da entidade e firmou que o Executivo está interessado na revogação dos decretos de autorização dos empreendimentos tão logo seja comprovada ilegalidade.