O mercado imobiliário em Mateus Leme, apresentou queda de -27% entre janeiro e setembro de 2023. O dado faz parte do levantamento divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
Além de Mateus Leme, a queda do mercado também foi considerada nos municípios de Contagem, Vespasiano, Ribeirão das Neves, Igarapé, Matozinhos e Pedro Leopoldo e outras cidades do interior. Quanto às unidades lançadas, BH e Nova Lima apresentaram crescimento de 14%.
“O que faz com que BH e Nova Lima tenham crescido tanto em lançamentos quanto em vendas diz respeito ao padrão econômico, a diferença força do padrão econômico no interior e na capital mineira. Isso porque, em BH, imóveis de maior valor foram os que registraram maior crescimento, ao passo que, os imóveis de padrão econômico tiveram queda, em virtude das dificuldades do Programa Minha Casa Minha Vida, especialmente, nos oito primeiros meses do ano”, afirmou sindicato em coletiva.
Quanto às unidades vendidas, BH e Nova Lima também apresentaram aumento de 4% e a Região Metropolitana teve queda de -15%. No entanto, Mateus Leme e alguns outros municípios da RMBH como Vespasiano, Ribeirão das Neves, Igarapé, Matozinhos e Pedro Leopoldo apresentaram queda nos lançamentos de imóveis.
“Onde se vê queda de lançamentos e de vendas são nas cidades do interior e da Região Metropolitana de Belo Horizonte justamente, pelas dificuldades do Programa Minha Casa Minha Vida nos últimos dois anos, sendo, um aumento muito forte no preço dos insumos. Esse aumento impediu os lançamentos e construção dos imóveis com os valores anteriores a 2020”.
Tendo em vista o período de janeiro de 2020 a outubro de 2023, considerando o advento da pandemia de Covid-19, o Custo Unitário Básico dos materiais de construção registrou um aumento de 82%. Tal fator levou a um aumento de mais de 55% no preço médio dos imóveis, o que de fato freou as obras em cidades da RMBH, como no caso de Mateus Leme.
Expectativa
Diante desses resultados apresentados pelo Sindicato, os fatores positivos que animam o mercado e podem ser destacados são a continuidade da redução da taxa básica de juros, a Selic; o novo ciclo de crescimento do setor em função das novas condições do programa Minha Casa Minha Vida e a expectativa de um número maior de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
