A comunicação oficial de Juatuba divulgou que o prefeito Adônis Pereira concedeu ao Estado um terreno de cinco mil m², localizado entre as ruas Moacir Alves e Pitangui, no Distrito de Francelinos, para a construção de uma escola.
A previsão para que o Estado iniciasse as obras, seria no início deste mês. Na época, estiveram no local os representantes da Secretaria de Educação do Estado, Kátia Liliane Alves Canguçu, diretora da Superintendência Regional de Ensino, a coordenadora da Rede Física, Maria Alcina Gomes e Breno Drumond, engenheiro responsável pela obra.
No entanto, uma decisão inédita do executivo, surpreendeu os moradores de Francelinos. Adônis foi para as redes sociais e anunciou que o imóvel, que até então “havia sido cedido ao Estado” vai se transformar, em breve, em uma subprefeitura. De acordo com o prefeito, “a função será atender as demandas dos cidadãos, sem a necessidade de um deslocamento ao Centro da cidade”.
Segundo o prefeito, no novo local, os moradores poderão fazer protocolos integrados ao sistema central do município e ainda serão disponibilizadas máquinas e servidores para um atendimento mais ágil ao cidadão. Em nota a prefeitura esclareceu “que local realmente foi cedido ao Estado para a construção de uma unidade escolar, porém o prazo para início das obras foi modificado e que um novo local será destinado para este fim quando o Governo Estadual solicitar”.
Nova obra gera dúvidas na população
Alguns moradores de Francelinos procuraram a reportagem e acusaram o prefeito de tomar uma decisão unilateral, sem consultar a opinião pública acerca da obra. “Eu acredito que a subprefeitura não vai funcionar. Precisamos mesmo é de melhorias na nossa saúde e também de uma escola para nossos filhos. O que mais está gerando questionamentos na população é porque o estado não vai começar a obra agora. Será que foi apenas uma promessa política”, questiona moradora que preferiu não se identificar.
Na internet o vídeo do prefeito também rendeu duras críticas, a maioria delas, reivindicando a construção da escola estadual. “Precisamos de uma praça e mais uma escola em Francelinos. A instituição de ensino que temos aqui, tem o espaço restrito e atende apenas até o 5° ano”, comentou Yara Gomes. Altamiro Gomes diz que o local vai acabar se transformando em um “ponto político de interesses pessoais, para troca de favores ou realizações insignificantes”. Já Nilson Porto, afirma que a ideia da subprefeitura não se adequa à realidade do município. “Eu particularmente, nunca vi essa ideia dar certo em outros mandatos, pois as obras executadas sempre foram de ordem direta do prefeito. Para mim, isso não passa de perda de tempo e gasto desnecessário de recursos públicos”.