Moradores do Tiradentes aguardam até 30 dias por caminhões-pipa

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A água é um recurso essencial para o dia a dia. Mais uma vez, os moradores do bairro Tiradentes procuraram o JORNAL DE JUATUBA E MATEUS LEME para pedir que o poder público dê mais atenção à região. De acordo com moradores, há quase 30 dias a comunidade não é abastecida com os caminhões-pipa.

O bairro existe há mais de 40 anos e ainda não possui rede de distribuição de água. Com isso, para ter acesso ao recurso, a população depende do abastecimento por meio de caminhões-pipa, sem custo, que a cada 15 dias levam cerca de três mil litros de água ao bairro. Entretanto, nas últimas semanas, o prazo tem ficado maior e dificultado a rotina de quem vive no Tiradentes.

“Estive na Prefeitura para relatar o ocorrido, pois a população do bairro fica sem água. Temos crianças e idosos na comunidade e não temos condições de ficar comprando água. Só três mil litros de água a cada 30 dias, é um absurdo o que eles estão fazendo com a comunidade”, desabafou o morador Hugo Faustino.

O “Programa Água para Todos” vai beneficiar o bairro, mas de acordo com os moradores não há uma previsão para ser efetivada a obra. “O prefeito salienta que a Prefeitura já gastou cerca de R$5 milhões com a Copasa e que até 2023 teremos água encanada no bairro. Mas, eu estive na Copasa e eles não têm um cronograma do andamento das obras e nem sabem quando elas ocorrerão”, afirma Hugo.

Infraestrutura precária

Muitos moradores estão desolados com a situação. As ruas de terra geram muita poeira e, no período de chuva, os buracos se espalham. Já não bastasse essa dificuldade para locomoção, o bairro também não conta com transporte coletivo e pessoas chegam a andar quase três quilômetros para encontrar uma condução. “Nem transporte público temos no bairro, queríamos pedir para que olhassem a possibilidade do ônibus da linha 2100 passar aqui no bairro, pois temos que andar a pé até na cidade”, solicitou Hugo.

Os lotes vagos e terrenos abandonados também geram muitos problemas. Além do medo da proliferação de animais peçonhentos, a falta de coleta seletiva ou recolhimento do lixo no bairro faz com que esses pontos se transformem em área para descarte de resíduos e entulho. “Já vi lixo armazenado nas ruas trazendo ratos e muito mal cheiro. Temos que queimar o lixo ou jogar em um ponto de coleta em outro bairro, o que costuma ser distante”, explicou o morador.

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