De acordo com o Comitê Pro-Brumadinho, a Vale já repassou a primeira parcela de alguns programas aos 26 municípios atingidos pelo rompimento da barragem do córrego do feijão, em Brumadinho, em janeiro de 2019.
No projeto de Fortalecimento da Atenção Primária em Saúde, foi paga a primeira de três parcelas, no valor de R$ 13 milhões, recursos que serão divididos para 25 municípios, conforme critérios técnicos. Tais recursos serão utilizados para possibilitar incremento temporário de pessoal na Atenção Básica em Saúde, para a aquisição de equipamentos, veículos e outros investimentos nas Unidades Básicas de Saúde, de acordo com planos de trabalho elaborados pelas prefeituras.
No projeto Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial, também foi repassada a primeira de três parcelas. O valor depositado foi de R$ 11,8 milhões que será dividido para 13 municípios, também de acordo com critérios técnicos. Com esse repasse, será possível ampliar as equipes de saúde vinculadas à Rede de Atenção Psicossocial, possibilitando atendimento em quantidade e qualidade suficientes para atender à demanda reprimida do território.
Já no projeto Promove Minas, foi transferida a primeira de cinco parcelas. O valor depositado é de R$ 7,5 milhões que será dividido para 25 municípios, da mesma forma que nos projetos anteriores, seguindo critérios técnicos próprios da política pública de saúde. Os recursos serão utilizados para custear e manter as equipes multidisciplinares para a realização de ações que visam aumentar a qualidade de vida da população.
Além de Juatuba e Mateus Leme, também receberam as primeiras parcelas dos programas as cidades de Abaeté, Betim, Biquinhas, Brumadinho, Caetanópolis, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Mateus Leme, Morada Nova de Minas, Paineiras, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Pompéu, São Gonçalo do Abaeté, São Joaquim de Bicas, São José de Varginha e Três Marias.
Onde está o dinheiro?
Pelas redes sociais, os moradores das duas cidades continuam tecendo duras críticas às administrações pela falta de atenção e zelo com a Saúde. Em Juatuba, o prefeito Adônis fechou o posto de saúde de Serra Azul, alegando que ele estaria interditado pela defesa Civil. E apesar do incremento do caixa da prefeitura com os recursos da Vale, o chefe do executivo decretou a contenção de gastos na administração por 90 dias.
Em Mateus Leme, as reclamações de falta de médicos, medicamentos e demora nos atendimentos continuam. Outro problema que ainda não foi resolvido é a morosidade no atendimento da UPA Thiago Cardoso.