Na semana do meio ambiente, moradores registram acúmulo lixo e entulho nas duas cidades

Além dos bota-foras, cidadãos reclamam de ausência de projetos voltados à preservação ambiental, proteção de nascentes, córregos e ribeirões, além da inoperância da Copasa

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No mês em que o meio ambiente é lembrado, os motivos de comemoração em Juatuba e Mateus Leme praticamente não existem. As iniciativas foram tímidas nos municípios, assim como têm sido as ações práticas para preservar ou minimizar os efeitos da poluição e da ação predatória.

Em Mateus Leme foram distribuídas mudas na praça Benedito Valadares e em Juatuba, a prefeitura realizou o 1° Simpósio do Meio Ambiente da cidade que abordou temas como a descentralização do licenciamento ambiental, prevenção e combate à incêndios e o combate à Leishmaniose Visceral.

As ações modestas não têm qualquer efetividade para resolver os problemas reais e graves que assolam as cidades, que sofrem com a falta de políticas públicas eficientes para evitar a poluição, desmatamento e agressões à fauna e flora. Nos últimos dias, várias denúncias encaminhadas à redação do Jornal de Juatuba e Mateus Leme, mostram “botas fora” de lixo e materiais inservíveis em várias regiões. Os crimes ambientais envolvem também a poluição de rios e córregos que cortam as cidades. Segundo os denunciantes, o descarte irregular e o esgoto que cai nos principais ribeirões da região se tornaram cenas comuns e não há qualquer disposição do poder público para resolver o problema ou conscientizar a população.

Reserva afetada

Desde o ano passado moradores do Boa Vista reclamam de um depósito de lixo irregular em uma área considerada reserva ambiental, no bairro. Dentre os materiais descartados, estariam restos de alimentos, lixo, entulhos, móveis e inservíveis. A comunidade critica ainda a situação precária dos córregos onde o esgoto das casas e indústrias é despejado sem qualquer tratamento.

Um ano após a denúncia, a situação piorou. Segundo Nilson de Souza Porto, o cenário tem se agravado a cada dia. “É preciso que haja um político de peito nesta cidade para criar um projeto de descarte de materiais. Há cidades que disponibilizam caçambas e containers para que a população acondicione os materiais que depois de separados podem até se transformar em isumos para construção civil, fabricação de bloquetes e encascalhamento de ruas”, diz.

Lixo e entulho

Em Mateus Leme a situação não é diferente e há verdadeiros lixões a céu aberto na área central, a 100 metros do Lar São Mateus e da unidade básica de saúde. Os bota-fora irregulares estão presentes também próximo à MG-050, no Residencial Parque da Serra, Bom Jesus, João Paulo II, Mangabeiras, Povoado de Laranjos e também nos Distritos.

Estiagem acende alerta para incêndios criminosos

A tragédia das queimadas sem controle se repete ano após ano, principalmente em Mateus Leme onde a Serra do Elefante arde a cada início da estação seca.

Neste primeiro semestre, o monumento natural de Mateus Leme, registrou pelo menos 10 focos de incêndio e segundo a Brigada 1, que atua no combate às queimadas nos dois municípios, o trabalho voluntário está tão intenso, que os brigadistas não estão tendo tempo hábil para fazer o levantamento e a apuração dos números de incêndios do último mês.

Em Juatuba, para conscientizar a população e os produtores rurais, o Corpo de Bombeiros em parceira com a Defesa Civil e a Prefeitura iniciou um projeto de conscientização e orientação para combater as queimadas. Nas mensagens, alertas de que provocar incêndios é crime e a divulgação do disque 193 e do contato do WhatsApp da Defesa Civil: 31.99296-1078.

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