Na última edição, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme mostrou em reportagem uma denúncia de que estava sendo realizado o corte de árvores e retirada de cascalho em uma Área de Preservação Ambiental de cerca de sete mil metros quadrados, no bairro Itajubá, em Juatuba. No local, os moradores afirmam que existem duas nascentes.
Após a repercussão negativa nas redes sociais, o presidente municipal do Partido Verde, Guilherme Moraes, solicitou usar a tribuna da Câmara para denunciar oficialmente o fato.
Durante sua fala, ele destacou a importância “de uma rígida fiscalização para que não haja mais prejuízos à natureza e que os responsáveis pelo aproveitamento do material sejam devidamente processados”. Na ocasião, o presidente do Partido Verde informou que diferente do que estava sendo dito nos vídeos, o cascalho retirado do local não está sendo vendido à prefeitura e sim dado, através de um termo de doação.
“No entanto, meus senhores, seja doação ou não, o cascalho retirado do solo é de propriedade da União e devem ser realizadas autorizações ambientais específicas para a retirada do material, o que não vemos no município. Isso precisa ser investigado pelo bem de nossa população, familiares e até filhos”, enfatizou Guilherme, solicitando a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para apuração da denúncia.
Completando sua fala, o jovem afirmou que pediu para usar tribuna por diversas vezes, como representante de uma entidade que representa e na outra vez como cidadão e que, apenas dessa vez, como presidente de uma sigla partidária, pode usar o expediente. Guilherme aproveitou a ocasião e cobrou investigações acerca da possível contratação do que segundo ele, seria “um servidor fantasma”, no gabinete do vereador Léo da Padaria.
“Eu questiono aos senhores vereadores: vossas excelências não tomarão nenhuma providência acerca da contratação irregular do servidor que não vinha trabalhar. Se não investigarem, estarão compactuando com tal fato”, alertou.
Após o pronunciamento do jovem, o presidente da Câmara, Laécio do Silvestre, se manifestou. Segundo ele, a respeito da liberação para participação na tribuna, “ele apenas cumpre o Regimento Interno da Câmara”, por isso não foram concedidas as participações das outras vezes.