Há mais de mês circulou em Mateus Leme a notícia da exoneração do Secretário de Saúde, José Carlos Serufo. A notícia foi oficializada no dia 26 de maio, quando o prefeito Renilton Coelho exonerou o gestor e nomeou Bruno Diniz Pinto para responder interinamente pela pasta.
A nomeação teria sido notícia corriqueira se não fosse a “chuva” de críticas que dominaram a pauta das redes sociais durante toda semana. Bruno Diniz Pinto foi Secretário de Saúde de Contagem em 2018 e alvo de uma operação da Divisão Especializada em Investigação de Fraudes (DEIF), da Polícia Civil, que investigava possíveis fraudes na distribuição de medicamentos pela Secretaria de Saúde de Contagem.
Após a investigação, quase todos os integrantes do setor foram transferidos ou exonerados, dentre eles Bruno Diniz. Um veículo de comunicação da cidade, veiculou entrevista com Bruno Diniz que afirmou ter se desligado da Secretaria por decisão própria. Ele alegou precisar se dedicar a um mestrado e iniciar a construção de novos projetos pessoais e de família. Bruno disse ainda que, “após investigação policial, o inquérito foi arquivado”.
Relembre a operação
A operação aconteceu no dia 9 de março de 2018 quando uma equipe da Divisão Especializada em Investigação de Fraudes, da Polícia Civil, foi até a Central de Abastecimento Farmacêutico da Prefeitura de Contagem apurar a denúncia que recebera anonimamente: produtos e materiais cirúrgicos estavam sendo adquiridos de forma irregular, dispensando critérios e protocolos. Ainda segundo a denúncia, as mercadorias eram fornecidas por uma empresa que não estava oficialmente contratada pela Prefeitura de Contagem. Para agravar ainda mais os fatos, a denúncia afirmava que os produtos eram entregues com notas superfaturadas, e a diferença entre os valores repartida entre o empresário dono da empresa fornecedora e o, então secretário municipal de Saúde, Bruno Diniz Pinto.
No momento da operação, que ocorreu no galpão de distribuição, os policiais encontraram um caminhão de uma empresa descarregando os insumos. Os militares também procuraram por gazes da marca Real Minas, que, ainda segundo a denúncia, eram falsificadas ou apresentavam qualidade inferior. Foram encontradas dez caixas do insumo em questão. As caixas foram apreendidas pelos policiais, bem como o caminhão. O processo foi arquivado por falta de provas.