Pais e responsáveis devem ficar atentos com crianças e adolescentes durante o carnaval

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Músicas, danças, fantasias e confetes. O carnaval chegou. E esse momento de celebração e alegria também pode ser sinônimo de preocupações em relação a crianças e adolescentes que irão aproveitar a folia. Por isso, pais, cuidadores e responsáveis precisam redobrar a atenção e orientar os jovens.

De acordo com o Instituto Bem Cuidar (IBC), unidade meio da Aldeias Infantis SOS responsável pela Gestão do Conhecimento para a disseminação de uma cultura do bem cuidar de crianças, adolescentes e jovens, algumas orientações para a prevenção de acidentes e violações de direitos são essenciais para uma festa segura.

Um dos principais pontos de atenção para esse período são os casos de importunação sexual. “É preciso lembrar que em casos de prática de atos libidinosos contra alguém sem seu consentimento, em que a vítima tem 14 anos ou menos, o crime é caracterizado como estupro de vulnerável”, explica Erika Tonelli, especialista em entornos seguros e protetores da Aldeias Infantis SOS. Assim, para ajudar os responsáveis e os jovens a evitar essa situação, a especialista dá algumas dicas para quem vai curtir o carnaval:

  • Orientar adolescentes a não deixar copos sozinhos na mesa e jamais aceitar bebidas de estranhos, pois essas são oportunidades para aplicar o ‘Boa Noite Cinderela’ ou qualquer tipo de substância que cause desorientação.
  • Pais ou responsáveis devem ter conhecimento do endereço do evento e, de preferência, levar e buscar os jovens nesses locais. Caso o adolescente se sinta perseguido ou em situação vulnerável, o ideal é buscar o policial mais próximo ou entrar em um estabelecimento movimentado.
  • Aconselhar filhos a jamais voltar para casa com estranhos ou pessoas que acabaram de conhecer, pois muitos abusos acontecem dessa forma. Caso utilizem transporte público, o indicado é sentar-se próximo ao motorista ou de outras pessoas, principalmente se for tarde da noite.

Outra situação grave e muito comum no carnaval é a combinação fatal entre álcool e direção. “A bebida alcóolica pode diminuir os reflexos e prejudicar a atenção do motorista, colocando a vida dele, de quem o acompanha e das outras pessoas no trânsito em risco”, alerta Erika Tonelli.

Sobre os perigos envolvendo a combinação perigosa de bebidas alcóolicas e direção durante o carnaval, existem outras orientações fundamentais:

  • Pais e responsáveis devem conversar sobre os perigos das bebidas alcóolicas, incluindo o consumo excessivo. Crianças que são advertidas precocemente sobre vícios e que possuem suporte emocional de seus pais são menos propensas a começar a beber no futuro.
  • Ter amigos ou um parceiro próximo que bebe regularmente pode aumentar o risco de problemas relacionados ao uso de álcool. Para os jovens, a influência dos pais, colegas e outros modelos pode ser um sério fator de risco.
  • A intervenção precoce pode prevenir problemas relacionados ao álcool em adolescentes. Esteja atento caso ele perca interesse em atividades ou com a aparência pessoal – se estiver com olhos vermelhos, fala arrastada, problemas de coordenação, lapsos de memória, mal rendimento escolar, mudanças de humor frequentes e comportamento defensivo.
  • Se o adolescente já passou por algum tratamento devido ao consumo de álcool, peça orientação médica sobre quais cuidados são importantes para ajudar a prevenir o consumo excessivo de bebidas alcoólicas no futuro.
  • Avaliar que tipo de exemplo está apresentando ao filho quanto ao consumo de álcool. Além disso, deixe que ele saiba qual comportamento você deseja e as consequências caso não siga as orientações. Por fim, abra espaço para o diálogo aberto, passe tempo de qualidade em conjunto e envolva-se ativamente na vida dele.

A Aldeias Infantis SOS destaca ainda a importância de acionar e denunciar quaisquer ocorrências pelos telefones 190, da Polícia Militar, 180, da Central de Atendimento à Mulher, e pelo telefone 100, Disque-denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Fonte: Imprensa Aldeias Infantis SOS