Terminou no último domingo, 25, o prazo para envio das prestações de contas referentes aos primeiros dias da campanha eleitoral deste ano. Todos os candidatos e partidos políticos têm a obrigação informar receitas e despesas relacionadas à candidatura. O procedimento visa dar mais transparência às eleições, garantindo também o controle sobre doações e gastos.
Deve constar da prestação de contas parcial toda a movimentação financeira ou estimável em dinheiro, ocorrida desde o início da campanha até o dia 20 de outubro. A não apresentação da prestação de contas parcial ou a entrega de forma que não corresponda à efetiva movimentação de recursos, caracteriza infração grave, salvo justificativa acolhida pela Justiça Eleitoral, que será apreciada no julgamento da prestação de contas final.
Em Juatuba, a receita declarada por cada postulante ao cargo de prefeito diverge bastante. Enquanto Mestre Israel (PSC) não declarou nenhum valor, o atual chefe do Executivo municipal, Adônis Pereira (Patriota) listou o recebimento de R$ 120 mil, sendo R$ 70 mil somente de verbas do fundo partidário enviadas pelo Diretório Nacional do partido. Enquanto isso, Otto Faleiro (PDT) recebeu R$ 32.622,50 e Wellington Pinheiro (PMN) declarou R$ 17.455. No caso dos dois últimos citados, toda a receita é oriunda de doação de pessoas físicas.
As despesas apontam que a campanha juatubense tem focado em materiais gráficos (adesivos, santinhos); dois dos três candidatos que declararam gastos, investiram nesse serviço. No caso de Adônis, foram R$ 41.910. Já Otto gastou R$ 23.720 com peças de divulgação. Apesar de também ter investido nos materiais impressos, as principais despesas de Wellington foram com serviços advocatícios e contábeis.
Em Mateus Leme, o destaque fica por conta dos investimentos na campanha de rua. Tanto Dr. Renilton (Republicanos), quanto Júlio Fares (PP) e Marlon (PDT) têm como despesa principal as atividades de militância e gastos com pessoal. O candidato Ronaldo Moreira não registrou receitas ou despesas. No caso de Dr. Renilton, o candidato declarou o recebimento de R$ 12.000,01, sendo o montante principal fruto de doação dele mesmo e R$ 0,01 veio da Direção Estadual do Republicanos. Depois, no dia 28, foi declarada nova doação do partido no valor de R$ 10.500. Ele gastou R$ 7.819,50 com pessoal que divulga sua candidatura nas ruas.
Já o atual prefeito Júlio Fares recebeu R$ 44.856,50 em repasses e doações. Desse total, 27.356,50 foram enviados pelos diretórios do Progressistas, partido do candidato, e PSDB, partido do Dr. Coutinho, vice na chapa. Esse valor enviado pelos partidos está discriminado na prestação de contas como gasto em materiais, tanto do candidato a prefeito, como dos vereadores da coligação. As despesas de Júlio somam R$ 50.323,43. Em sua prestação de contas, Marlon registrou receita de R$ 15 mil, sendo R$ 9.500 doado pelo próprio candidato. Ele não recebeu verba partidária nesta primeira fase da campanha. Entre os principais gastos de Marlon estão pessoal (R$ 8.400) e publicidade por adesivos (R$ 7.785).