Ipsis litteris é uma expressão de origem latina que significa “pelas mesmas letras”, “literalmente” ou “nas mesmas palavras”. O poder legislativo é o que mais cumpre fielmente o termo, pois todas as reuniões plenárias são transcritas fielmente, inclusive com as mesmas falas dos parlamentares.
Nesta semana, tanto as pessoas que acompanhavam a reunião da Câmara no plenário, quanto os que assistiam pelo YouTube, tiveram que escutar novamente toda a leitura do texto transcrito das últimas reuniões, ficando mais de duas horas acompanhando apenas a leitura. Ao final da exaustiva leitura, a vereadora Irene de Oliveira solicitou à presidência que o texto fosse resumido, conforme consta no regimento interno do legislativo.
“Devemos ter transparência, mas já foi provado hoje que isso não funciona, foram quase duas horas fatídicas. O artigo 69 determina que as atas deverão ser resumidas e constar os nomes dos presentes e as justificativas das faltas, se houver, registros das proposições, data e hora da reunião, matérias distribuídas e conclusões de relatorias”, disse vereadora.
Irene ainda destacou o trabalho que a secretaria tem para transcrever as atas, e o momento perdido pela população. “Isso é um prejuízo à informação. Quem está ouvindo mais de duas horas de ata não dá conta de acompanhar o fato discutido no dia. Além de ser exaustante, estamos perdendo dinheiro público”, finalizou.
O presidente, Welington Batata, afirmou que a mudança já está sendo providenciada. “Estamos avaliando a instalação de um programa e assim que for alinhado colocaremos a proposta para aprovação dos demais vereadores”, pontuou.