Nesta terça-feira (16), a Petrobras anunciou o fim da paridade internacional de preços do petróleo e dos combustíveis derivados. A paridade de importação de preços, que alinhava os preços locais aos internacionais, foi adotada durante o governo de Michel Temer (MDB). Agora, a estatal optou por uma nova estratégia comercial, visando tornar os preços mais competitivos.
De acordo com o comunicado divulgado pela Petrobras, os reajustes nos preços não seguirão uma periodicidade definida, evitando assim a volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. A nova abordagem utilizará duas referências do mercado: o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a Petrobras.
O custo alternativo do cliente levará em consideração as principais alternativas de suprimento, como fornecedores dos mesmos produtos ou produtos substitutos. Já o valor marginal será baseado no custo de oportunidade, levando em conta as diferentes alternativas da empresa, como produção, importação e exportação dos produtos e/ou petróleo utilizado no refino.
Essa mudança proporcionará maior flexibilidade para que a Petrobras pratique preços competitivos, aproveitando suas melhores condições de produção e logística, e assim possa competir no mercado com distribuidores e importadores de combustíveis no país.
Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não existe um preço de referência único para todo o Brasil. O mercado brasileiro é diversificado, com vários importadores, e a nova estratégia permitirá adaptar os preços de forma mais adequada à realidade do mercado nacional.
É importante destacar que o Brasil importa 30% do diesel consumido, e um desalinhamento de preços poderia desencorajar a importação desse produto. Com a nova abordagem, a Petrobras busca incentivar a competitividade e garantir um ambiente mais dinâmico no setor de combustíveis.