População denuncia poluição do Ribeirão Serra Azul e deputada cobra fiscalização da Superintendência Regional de Meio Ambiente

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Em dezembro do ano passado, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme trouxe uma reportagem completa mostrando a denúncia do cidadão Antônio César Teixeira, do Cidade Satélite, que denunciou oficialmente a poluição dos ribeirões Serra Azul e Mateus Leme ao Legislativo e ao Ministério Público Ambiental.

Antes de formalizar a denúncia, Antônio acionou a Polícia Militar e registrou boletim de ocorrência, constatando que a Copasa, “está despejando esgoto sem tratamento em diversos rios da cidade e cobrando nas contas de água os custos sobre o recolhimento do esgoto”. Ainda segundo Antônio César, os ribeirões que recebem os esgotos sem tratamento são o Serra Azul e Mateus Leme, além do trecho próximo à BR 262, abaixo da ponte do bairro Cidade Nova I”. Segundo ele, a ocorrência serviu de base para uma denúncia formal junto ao Ministério Público.

Quase um ano depois, a situação quanto à poluição no município só se agravou e, tanto a Secretaria de Meio Ambiente, quanto os órgãos de fiscalização federal e estadual ainda não deram qualquer encaminhamento às denúncias.  

Revoltados com a inércia das autoridades, nesta semana, moradores de Juatuba se mobilizaram através das redes sociais para tornar público o descaso das autoridades com crimes ambientais que acontecem com frequência na cidade. As denúncias feitas com vídeos e fotos que também foram encaminhadas à redação do Jornal de Juatuba e Mateus Leme mostram o despejo do esgoto in natura no principais córregos e ribeirões da cidade, o que segundo os moradores, é feito com anuência total da prefeitura e da Copasa.

A denúncia de crime ambiental chegou também ao conhecimento da Deputada Estadual Lohanna Franca (PV), que encaminhou um ofício à Coordenadora do Núcleo de Denúncias e Requisições da Supram Central Metropolitana, Ana Carolina Silva, solicitando providências com relação à fiscalização do despejo irregular de material no Ribeirão Serra Azul.

“De acordo com registros feitos por populares, desde o mês de junho de 2023, a coloração do Ribeirão Serra Azul está incomum, escura, indicando a presença de produtos não identificados. Além da alteração na cor das águas, tem sido encontrados muitos peixes mortos às margens do ribeirão, o que pode ter como causa uma contaminação ou mesmo ausência de oxigênio nas águas”, diz trecho do ofício.

Ainda segundo a deputada, os moradores da região fizeram registros de imagens e vídeos que comprovam a situação “e mostra a localização do Ribeirão Serra Azul, nos fundos da fábrica da AMBEV, cujas instalações estão extremamente próximas do curso d’água, separadas apenas por uma pequena área de mata”.