Prefeitura de Juatuba demite 30 monitores da educação inclusiva “para cortar gastos”

Professor revelou à reportagem que município possui 158 alunos com necessidades especiais e que a quantidade atual de monitores não é suficiente para dar devida atenção às crianças

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Juatuba e Mateus Leme têm enfrentado graves denúncias devido à falta de prestação de serviços essenciais, gastos excessivos com algumas pastas e atraso de pagamentos de convênios. E para tentar economizar, esta semana a prefeitura de Juatuba demitiu 30 dos 89 monitores das escolas especializados em educação inclusiva. A denúncia foi feita por um professor que preferiu não se identificar. Segundo ele, a população está revoltada. “Juatuba tem 158 alunos com necessidades especiais que precisam de acompanhamento e depois deste o corte de servidores, o município passou a ter apenas 59 monitores, que agora devem se desdobrar para cuidar, cada um, de três crianças especiais”.

“Os 89 monitores que tínhamos na educação era o mínimo necessário para que a rede funcionasse. Mas o prefeito mandou cortar 30 para contenção de despesas. E agora a escola que tem que se desdobrar para cuidar das crianças. Ou seja, meninos com necessidades especiais mais graves, não podem ir à escola sem correr risco e colocar as unidades educacionais em situação delicada. E o problema maior é que se ocorrer alguma situação de emergência ou acidente, quem responde processo é o diretor da escola”, explica revoltado.

De acordo com o educador, a denúncia foi encaminhada à Câmara, por meio do gabinete do vereador Ted Saliba. A reportagem entrou em contato com o parlamentar que afirmou que a Câmara vai convocar a Secretária de Educação para dar explicações sobre o fato.

“Nossas crianças e alunos especiais atendidas na APAE, os matriculados na escola regular para inclusão, e crianças das creches, não deveriam ser penalizadas pela falta de planejamento financeiro. É um absurdo a demissão dos monitores e o não repasse dos recursos para as creches e para a APAE. Essa situação não deveria ser cogitada de forma alguma pela atual administração que deveria cortar outros gastos”, afirmou Ted.

Sem repasse

Os repasses à APAE e também à creche do bairro Boa Vista ainda continuam atrasados o que tem ocasionado grande preocupação às entidades filantrópicas, já que os salários de monitores e auxiliares estão atrasados. Nas redes sociais, lideranças continuam acusando a administração de super endividamento devido ao empréstimo de R$25 milhões aprovado recentemente no Legislativo e críticas referentes à má gestão dos recursos do município.