Prefeitura de Mateus Leme ainda tem dívidas do Hospital de Campanha e ex-funcionários ameaçam ir à justiça
O Hospital de Campanha de Mateus Leme em menos de um ano passou de conquista e referência para polêmica na cidade. Após a mudança de administração, a unidade de saúde temporária foi alvo de acusações diversas por parte do prefeito, que acabou encerrando o contrato de operação já existente. Agora, os profissionais que atuaram no hospital ainda aguardam que a prefeitura quite as dívidas com a Avante Social, antiga responsável pelo hospital de campanha, para que eles possam receber os pagamentos atrasados.
O hospital de campanha foi inaugurado no fim do mês de abril de 2020 e instalado rapidamente por meio de parceria entre a Prefeitura de Mateus Leme e o Hospital Santa Terezinha, sendo gerido pela ONG Avante Social. Por se tratar de organização sem fins lucrativos, o município só arcava com aquilo que realmente era usado, ou seja, quando não havia pacientes internados, a despesa era apenas com a manutenção.
No dia 10 de janeiro, a unidade foi fechada pela nova administração sob alegação de que não tinha condições adequadas para atendimento aos pacientes e passou a administração para a Fundação Hospital Santa Terezinha. Assim, os equipamentos e profissionais contratados pela Avante foram dispensados. Acontece que, de acordo com informações recebidas pela reportagem, desde então, a organização não foi paga pelos serviços prestados em dezembro e nos primeiros dias de janeiro e, por isso, quem trabalhava no local também está esperando o pagamento.
Há informação de que alguns médicos já entraram com ações contra a ONG e a prefeitura para tentar receber o valor que lhes é devido. Além disso, a Avante teria feito diversas notificações ao município, a fim de esclarecer o motivo da demora do pagamento, porém, nunca teve posicionamento. Tentamos contato com os representantes da organização para atualizar a situação, mas, até o fechamento desta edição, não tivemos retorno.