Uma semana após as regiões do Distrito de Francelinos, Dona Francisca e Samambaia ficarem cerca de 48 horas sem energia elétrica, o presidente da Câmara, Laécio do Silvestre, anunciou durante a reunião do Legislativo, que ingressará com denúncia junto à Agência Nacional de Energia Elétrica e ao Ministério Público, em face da Companhia Energética de Minas Gerais, pela má prestação de serviços, e inúmeros prejuízos causados à população.
A denúncia contra a Cemig foi feita na semana passada, durante o expediente dos vereadores. De acordo com os parlamentares, não é a primeira vez que o fato ocorre, porque praticamente, toda semana os gabinetes recebem reclamações sobre a falta de energia elétrica. Em seu discurso, o presidente da Câmara, informou que a denúncia seria formalizada ainda nesta semana, para fazer justiça social. “As pessoas de nossa cidade tem tido inúmeros prejuízos com esses picos e falta frequente de energia. O que me deixa indignado é que todos nós pagamos caro, para não receber a prestação de serviço adequada”.
O parlamentar atribuiu a má prestação de serviço a um suposto sucateamento da estatal, promovido pelo próprio governo do estado. “Não adianta falar que a CEMIG não tem arrecadação; sabemos que a companhia arrecada bilhões e mesmo assim o valor não é revertido em prestação de serviço. Tenho a suspeita de que o governador queira o sucateamento tanto da CEMIG, quanto da COPASA, para privatizar as companhias. Se for isso, não podemos permitir, vamos para cima da CEMIG”, enfatizou.
26h sem energia
Em Mateus Leme, a reclamação é a mesma: a má prestação de serviço da Cemig. Durante a reunião da Câmara esta semana, os vereadores relataram a falta de energia por cerca de 26 horas na região de Sítio Novo, o que resultou na perda de vacinas bovinas de diversos produtores rurais, que ficaram sem refrigeração adequada para os imunizantes. Os vereadores aprovaram por unanimidade a convocação de representantes da Cemig e das operadoras de telefonia da cidade, para discutir uma solução para as reclamações.
