No dia 06 de março, o morador do bairro Atalaia, Paulo Márcio Pereira, ocupou a tribuna da Câmara para tecer duras críticas e acusar o procurador adjunto de Mateus Leme, Maxsuel Rodrigues Evangelista, de estar “advogando para imobiliárias, donas dos loteamentos nos bairros, mesmo sendo o procurador adjunto do município. Na ocasião, Paulo Márcio afirmou que “Maxsuel estaria notificando os moradores para abandonar e entregar os imóveis em nome das imobiliárias. O procurador-adjunto, que deveria defender os interesses do município e obrigar os empreendimentos a entregarem os loteamentos com infraestrutura, “está advogando contra os moradores e a favor dos empresários. Eu desconheço a lei e não sei se é ilegal, mas com certeza é imoral”, disse Paulo na tribuna do Legislativo.
Esta semana, a reportagem foi procurada para a contestação da fala do morador do bairro Atalaia. Em nota, o procurador adjunto do município afirmou que exerce a advocacia nas cidades de Juatuba e Mateus Leme há aproximadamente 15 anos, sempre observando os impedimentos e deveres consignados no Estatuto e Código de Ética e Disciplina da OAB, nunca tendo sequer respondido a infração ou sanção disciplinar perante o órgão de classe.
“No âmbito da advocacia pública, o múnus sempre foi exercido com probidade, dedicação e responsabilidade, com vistas à defesa e promoção dos interesses do Poder Executivo Municipal nas esferas judicial e administrativa”, destaca.
Dr. Maxsuel relata ainda que as empresas Fiva Empreendimentos Ltda, RB Emprendimentos Ltda, Barras Empreendimentos Imobiliários Ltda e, Cerâmica Nossa Senhora Aparecida Ltda-ME são as únicas responsáveis pela implantação dos loteamentos que deram origem, respectivamente, aos Bairros Atalaia, Paraíso, Tiradentes e Ville Saint Louis 1ª e 2ª e, atualmente, respondem junto ao Poder Judiciário ações civis públicas propostas pelo Município a fim de que sejam obrigadas a implementar a infraestrutura nestes bairros.
“Este advogado não presta serviços, não é procurador, assim como nunca favoreceu nenhuma das empresas acima referidas na qualidade de Procurador Adjunto. Na plataforma do PJe/TJMG a consulta de processos, partes e advogados é pública, podendo ser acessada por eventual interessado”
Contestando de forma veemente a fala de Paulo Márcio, Maxsuel afirma ainda que as acusações proferidas à pessoa dele “são falaciosas, fantasiosas e criminosas, têm motivação política e pessoal, tendo como nítido propósito assassinar reputação alheia perante a sociedade, se autopromover no bairro onde se apresenta como Líder Comunitário” e, indiretamente, atacar injustamente a atual Administração do Poder Executivo Municipal”.
“O Sr. Paulo Márcio Pereira ostenta extensa ficha policial com passagens por estelionato, tentativa de homicídio, ameaça, constrangimento ilegal, tendo havido, inclusive, em passado não muito distante, denúncia no sentido de que já teria se apresentado como se Policial Civil fosse, circunstâncias que deixam em dúvida a credibilidade de suas palavras (e de seu caráter) mormente quando dirigidas pejorativamente em face de pessoa íntegra”, confirma o procurador adjunto, ressalvando que no momento oportuno, “as medidas judiciais serão providenciadas visando a reparação civil e responsabilidade criminal”.
