Em mais uma votação alinhada com a prefeitura, os vereadores de Mateus Leme mantiveram o veto do Executivo ao projeto de lei que instituia o programa de coleta seletiva de lixo tecnológico no município, denominado Ecoponto Digital. A proposta visava criar um local específico para o descarte adequado de equipamentos eletrônicos, mas encontrou resistência entre os vereadores, que apontaram a necessidade de um estudo mais aprofundado sobre a questão.
O vereador Vanderlei do Salão justificou seu voto a favor do veto argumentando que a discussão sobre reciclagem no município precisa ser mais ampla. “Não podemos nos limitar apenas ao lixo tecnológico agora. No futuro, devemos debater o destino total do lixo da cidade, como será destinado e para onde será enviado”, afirmou.
Outro ponto de preocupação foi levantado pelo vereador Mário Imbondos, que alertou sobre os riscos associados ao lixo eletrônico. “Presidente, não sei quem foi o autor deste projeto, mas sou totalmente favorável ao veto. Sabemos que o lixo eletrônico pode estar contaminado. Criar um ecoponto para coleta desse tipo de material pode atrair, sem querer, ‘aventureiros’ que trazem lixo radioativo, o que poderia se incorporar ao nosso sistema de coleta. Isso exige muita cautela”, explicou.
Ele também destacou que a cidade ainda precisa realizar um levantamento detalhado para entender as diferentes categorias de lixo, classificadas nas classes A, B e C e avaliar se o município está preparado para esse tipo de programa.