Projeto Passarinhar trabalha pela conservação das aves da Serra do Elefante

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O Monumento Natural da Serra do Elefante, tem sido tema de debates e também de embates devido discordância de opiniões entre os responsáveis por empreendimentos imobiliários e a Associação que defende a preservação ambiental e a integridade do local. 

E mais uma entidade de defesa do meio ambiente entrou na luta pela Serra do Elefante, ratificando a importância do bioma para a pesquisa e a preservação da flora e da fauna.

O Projeto Passarinhar, conduzido por três biólogas especialistas em aves, Luana Ferreira, Érica Demondes e Dalila Ferreira é fruto da paixão compartilhada pela avifauna da região e do desejo de envolver a comunidade na proteção desse patrimônio natural.

“A Serra sempre foi um lugar muito especial para todas nós. Como lazer, subíamos a Serra do Elefante para “passarinhar”, ou seja, para observar as aves”, contam as biólogas. E, foi assim, segundo elas, que surgiu o projeto. “Nos encantamos pelas lindas e interessantes espécies da avifauna que habitam a Serra, e resolvemos criar um projeto para divulgar esse conhecimento para a população da cidade e da região”, explicam.

O projeto não apenas cataloga, mas também dissemina o conhecimento sobre as aves e o papel que elas têm no ecossistema da Serra do Elefante. “Nosso objetivo é duplo: ao mesmo tempo que realizamos o levantamento da avifauna da Serra do Elefante, promovemos a divulgação científica desse conhecimento para a população por meio de cursos, palestras e eventos em parceria com diversas instituições, como a Casa de Cássia. O Passarinhar quer despertar o encantamento pela natureza e incentivar a conservação ambiental. Queremos que a população entenda o importante papel da Serra para a manutenção da vida de inúmeras espécies”, explicam.

Poucos recursos

Financiado exclusivamente pelas três biólogas, o projeto trabalha para que em breve tenha recursos para expandir as atividades e enquanto isso não acontece, a divulgação do trabalho é feita por meio da página no Instagram @projeto_passarinhar, onde Luana, Érica e Dalila compartilham fotos e vídeos das aves da região, mostrando toda a beleza e diversidade à disposição da população.

Embora o foco principal do projeto seja a Serra do Elefante, as biólogas já estenderam o trabalho para outros municípios, como Juatuba e Florestal. “Onde houver abertura e oportunidades de divulgar as aves da Serra, estaremos sempre presentes”, contam.

Com mais de 160 espécies catalogadas até o momento, elas calculam que existam em torno de 250 espécies de aves na Serra, incluindo as mais comuns, raras, ameaçadas e típicas do cerrado e mata atlântica. Dentre elas, destacam as espécies raras e ameaçadas, como o barbudo-rajado e a cigarra-do-campo. As pesquisadoras pretendem publicar a lista em uma revista científica da área até o fim do ano.Enquanto isso, a divulgação é feita por meio da página no Instagram @projeto_passarinhar, onde compartilham fotos e vídeos das aves da região.

Voluntários

Todo o trabalho realizado pelo Projeto Passarinhar é voluntário e toda a ajuda é bem-vinda.  Os interessados em fazer parte da iniciativa devem entrar em contato pelo Instagram ou pelo e-mail projetopassarinharserradoelefante@gmail.com