Reajuste de 7,02% no salário dos servidores, prefeito, vice e secretários é aprovado

Reajuste de 7,02% no salário dos servidores, prefeito, vice e secretários é aprovado

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O recesso parlamentar da Câmara de Juatuba começou esta semana, após o prefeito Adônis Pereira chamar os vereadores na prefeitura para pressionar a aprovação do reajuste de 7,02% para os servidores, alegando que as negociações foram esgotadas e os parlamentares realizarem reunião extraordinária para votar do projeto.

A matéria polêmica se arrasta há quatro meses, período em que o Sindicato dos Servidores e o prefeito Adônis Pereira travaram uma batalha com troca de críticas e acusações. O prefeito, de um lado, defendendo o índice de reajuste de 7,02% e o Sindserj para querendo um percentual de, pelo menos, 10,59%, com a justificativa de que foi este o índice da inflação. Manifestação na porta da prefeitura, ameaça de paralisação e a falta de diálogo entre as partas foram determinantes para que o caso fosse parar na justiça com a tentativa de negociação sendo feita pelo Ministério Público.

Finalmente esta semana, o projeto foi aprovado e os servidores receberam o reajuste de 7,02%, retroativo a janeiro.  

Emenda derrubada

O projeto de reajuste dos servidores contempla também o prefeito, vice e os secretários municipais, o que fez com que o presidente da Câmara, Ted Saliba, apresentasse emenda excluindo os agentes políticos do primeiro escalão de receber o benefício. A proposta do parlamentar teve aval dos colegas Marcos Leiturista, Messias Leão e Marlene do Espetinho, mas recebeu voto contrário de Jurandir dos Santos, Léo da Padaria, Eltinho da Agência, Fernando da Autoescola e Vanessão.

Dentre as alegações da oposição para que os salários dos agentes políticos não tivessem reajuste, foi dito que “o prefeito, vice e secretários têm os salários mais altos da região”. O Jornal de Juatuba e Mateus Leme tentou apurar os vencimentos no Portal da Transparência do município, mas a plataforma está desatualizada e não há informação sobre os salários do primeiro escalão.

Na reunião, alguns vereadores afirmaram que “o prefeito ganha em média R$27 mil e que com o reajuste, o vencimento passaria para cerca de R$29 mil. Já a vice-prefeita, Maria Célia da Silva, que teria salário médio de R$15 mil, passaria a receber cerca de 16 mil. Quanto aos secretários, eles passariam a receber R$10 mil”.

Reunião calorosa

Os ânimos ficaram exaltados durante a reunião extraordinária e os parlamentares da base acusaram a oposição de estar fazendo politicagem ao tentar excluir os agentes políticos do reajuste. Em resposta, Messias Leão disse que “o reajuste de 7,02% para os servidores é muito baixo, mas que nem os secretários e muito menos o prefeito e a vice merecem o aumento. Não sou contra secretário, mas sou contra aumentar o salário deles que já é alto, enquanto o servidor fica debaixo de sol e chuva ganhando salário mínimo”.

O vereador Léo da Padaria reconheceu que o prefeito, a vice-prefeita e os secretários têm salários altos, mas disse que isso é resultado de outras administrações. “A questão do salário do prefeito e do secretariado é uma herança que vem de anos. É vergonhoso o salário do prefeito… e o salário de R$9 mil de um secretário desde quando cheguei aqui achei um absurdo. Mas agora não é hora de discutirmos isso”, exclamou Léo.

O autor da emenda, Ted Saliba alertou os colegas de que não deveriam seguir votando errado. “O momento de fazer a diferença é justamente agora. A nota técnica do procurador do legislativo, Dr. Leonardo Militão, foi bem clara sobre a legalidade de excluir o reajuste do prefeito, da vice e dos secretários do projeto. Daqui alguns anos, se continuarmos fazendo isso, não teremos reajuste sequer para os servidores”, orientou o presidente do legislativo.

Mais embates

Marcos Leiturista afirmou que a revisão salarial de 7,02%, traz grande prejuízo para o funcionalismo. “Há uma perda inicial de 3,57%, pois esse reajuste não segue os 10,59% referente ao índice de inflação que usualmente é aplicado. Se os servidores não se unirem e acertarem com o sindicato, no ano que vem nem 7,02% eles terão”, exaltou o parlamentar.

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