Assim que tomou posse, o Prefeito Renilton Coelho rescindiu o contrato com a empresa Global Construtora e Terraplenagem, que administrava a iluminação da cidade desde 2015. Para a realização do serviço no município, o atual prefeito aderiu a uma ata de registro de preços da Prefeitura de Itapagipe, para que a empresa AALOK Locação de Equipamentos Ltda, assumisse a responsabilidade pela iluminação pública de Mateus Leme.
Pelo novo contrato, a AALOK Locação de Equipamentos Ltda está responsável pelo serviço até 31 de dezembro, com a possibilidade de prorrogação por mais 60 meses. O valor de R$ 2.365.000,00 é quase R$2 milhões mais caro que o anterior. A justificativa para aumento do preço não faz jus ao serviço prestado, segundo as reclamações da população. Em reportagem divulgada no mês de abril, no Jornal de Juatuba e Mateus Leme, a AALOK afirmou que seriam trocados “mais de seis mil pontos de energia na cidade e que o trabalho iria durar, em média cinco meses”.
No entanto, passados quase três meses, o que se viu foram poucas trocas de luminárias no bairro Duque de Caxias e na região Central, o que fez com que o assunto continuasse na pauta de reclamação dos moradores e como a principal reivindicação de diversos bairros. Nas regiões mais afastadas e também na área central, é grande o volume de lâmpadas queimadas e a manutenção da rede não está sendo feita. Esta semana, os vereadores utilizaram os expedientes da reunião, para cobrar uma solução efetiva para o problema e ara que a prefeitura indique um responsável pelo setor para atender os moradores. A vereadora Irene de Oliveira, encaminhou requerimento ao executivo, solicitando o comparecimento do representante responsável pela troca de lâmpadas e iluminação do município, na reunião da Comissão de Obras da Câmara. Irene quer ainda a prestação de contas referente aos serviços em todos os locais onde as lâmpadas foram trocadas e a relação dos materiais utilizados até o mês de junho. “A iluminação pública de Mateus Leme é uma questão que todos os dias é alvo de reclamação da população, e com razão.
Sabemos que o senhor prefeito fez um contrato de mais de R$2 milhões com uma empresa, para a troca da iluminação no município, substituindo as lâmpadas para o modelo LED. Mas todo dia alguém reclama que não há luz na porta das casas, tanto nas redes sociais, quanto para nós vereadores. Além disso, não sabemos quem é o responsável em receber esses pedidos. Precisamos esclarecer este assunto, pois a prefeitura é alvo de críticas todos os dias”, disse Irene.
O pedido de informação questiona também sobre a possibilidade do abatimento, dentro dos meios legais, dos impostos incidentes sobre a iluminação pública das residências que não recebem o serviço, mas pagam a taxa de iluminação pública. “Tem oito meses que o cidadão está sem energia na sua porta. Mesmo eu sendo advogada, eu questiono ao senhor prefeito: seria possível o abatimento da taxa de iluminação pública, deste período que o morador ficou sem a prestação desse serviço”, questionou a vereadora.
