A representatividade ganha força no Carnavaliza Mateus Leme 2025. Um dos destaques desta edição é a estreia do bloco Samba Delas, que traz um enredo forte e representativo sobre a luta e a resistência das mulheres.
O bloco Samba Delas nasceu de uma roda de conversa entre amigas, onde o tema central era a cultura e a representatividade feminina. Entre as participantes estavam ritmistas envolvidas em projetos sociais de percussão, o que despertou a ideia de criar um bloco exclusivamente feminino. O grupo começou com 29 integrantes e tem a expectativa de crescimento nos próximos anos.
A principal característica do Samba Delas é a inclusão e diversidade, reunindo mulheres de todas as raças em torno de um objetivo comum: exaltar a força feminina. “A inspiração para o grupo veio da resistência das mulheres diante das opressões impostas pela sociedade ao longo da história” conta a presidente do bloco, Dayane Lorraine.
O enredo deste ano tem como tema “Lugar de mulher é onde ela quiser”, com o objetivo de ressaltar a autonomia e a liberdade feminina em todos os espaços. “Durante o desfile, o grupo apresentará uma encenação impactante que retrata os traumas vividos pelas mulheres, abordando questões como preconceito racial, discriminação trabalhista, desigualdade social e violência de gênero”, detalha Dayane.
Além disso, o bloco homenageia mulheres que sustentam seus lares e criam seus filhos sozinhas, como presidiárias, diaristas, catadoras de reciclagem, cozinheiras e profissionais do sexo.
De acordo com Dayane, o abadá do Samba Delas foi pensado para representar o desabafo feminino, simbolizando o direito da mulher de opinar, permanecer, estar, exercer, negar e rejeitar. “A estampa valoriza a diversidade, exaltando a beleza de mulheres negras, pardas, brancas, indígenas, gordas e magras”, conta.
A preparação para a estreia do bloco tem sido intensa, com diversos ensaios para garantir um desfile emocionante e inesquecível. Para Dayane, a expectativa é que a participação no Carnavaliza Mateus Leme 2025 fortaleça o movimento e incentive a adesão de mais mulheres ao grupo.
“Queremos mostrar para o público que o lugar de mulher é onde ela quiser seja como do lar ou exercendo variadas profissões independente de suas atribuições”, finaliza Dayane.