O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Belo Horizonte e da 11ª Promotoria de Justiça da capital, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 05, a Operação O Ilusionista 2, que investiga organização criminosa voltada para a prática de estelionato e lavagem de dinheiro contra policiais militares, das Forças Armadas da reserva e pensionistas, geralmente pessoas idosas ou portadoras de doenças graves.
Os criminosos, conforme apurado, conseguem enganar as vítimas com falsas alegações de que teriam direito a vultosas quantias em virtude de ações judiciais exitosas contra entidades de previdência privada ou de seguros de vida.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça em Mateus Leme e em Vila Velha, no Espírito Santo. Além disso, a operação cumpriu ainda um mandado de prisão preventiva expedido pela 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte.
Segundo as investigações, os criminosos, com uma história bem arquitetada e com a estrutura disponibilizada pela organização, convenciam as vítimas a depositarem valores referentes a falsos honorários ou custas processuais em contas bancárias informadas pelo grupo, sob a alegação de que deveriam efetuar tais pagamentos para obter a liberação do dinheiro. Eles utilizavam, ainda, nomes de autoridades do alto-comando da Polícia Militar para conferir mais credibilidade aos argumentos utilizados para convencer as vítimas.
Fase I da operação
A primeira fase da Operação O Ilusionista foi deflagrada em 15 de março passado, ocasião em que foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em seis cidades mineiras. Contudo, constatou-se que vários golpes continuaram sendo aplicados seguindo a mesma metodologia, o que evidenciou a existência de outros membros, até então ainda não identificados.