Na última semana, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme trouxe à tona denúncias de comerciantes e cidadãos afirmando que o número de moradores de rua havia aumentado nos dois municípios neste fim de ano. A situação foi confirmada pela própria Secretaria Municipal de Assistência social de Juatuba, que disse ter nas ruas 25 pessoas.
Já em Mateus Leme, a Secretaria não quis responder à reportagem, no entanto, a vereadora Irene de Oliveira fez um pedido de informação questionando o número de pessoas de rua no município, requerimento que foi respondido pela procuradoria da prefeitura, por meio de ofício. No documento, o procurador Dr. Júlio César de Oliveira afirma que existe oito pessoas em situação de rua identificadas pelo Centro de Referência em Assistência Social, que em todas as situações entrou em contato com familiares da pessoa em situação de rua, mas não teve êxito com o deslocamento para as cidades de origem, já que familiares não foram encontrados ou não aceitam o retorno dos mesmos.
Ainda segundo a procuradoria, o município não conta com unidades de acolhimento ou albergues, devido ao alto custo. No entanto, são oferecidos transportes para cidades que contam com o serviço, como Betim e Itaúna, no entanto, as pessoas em situação de rua não podem ser obrigadas ou retiradas à forca da cidade em decorrência do direito do cidadão. Os moradores de rua também não têm vínculos com programas sociais oferecidos pelo SUAS aos munícipes, já que são considerados migrantes, ou seja, pessoas sem vínculo de naturalidade ou residência fixa na cidade.
Léo pede providencias em Juatuba
Durante a reunião ordinária da Câmara de Juatuba nesta semana, o vereador Léo da Padaria teceu duras críticas ao serviço realizado pela Assistência Social, que segundo ele não tem conseguido mitigar a mendicância na Praça dos Três Poderes, próximo à banca de revistas. “Não adianta nada a iluminação bonita em toda a Praça, se o local está sem segurança e com diversos pedintes. A situação está tão feia que não tem como permanecer nos locais em que essas pessoas estão. A assistência Social tem que fazer alguma coisa para resolver esse problema”, pontuou o vereador.