Sem amparo da prefeitura, população volta para casas em situação de risco

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A chuva tem ocorrido de forma intensa nas últimas semanas em Minas Gerais e segundo a Defesa Civil, 430 municípios estão em situação de emergência, dentre eles, Juatuba e Mateus Leme. Há um mês, o primeiro temporal que atingiu a região deixou cerca de 600 famílias desabrigadas nos dois municípios, e nestes 30 dias, a maioria das pessoas retornou para as residências tentando recomeçar a vida. Outras, porém, tiveram as casas condenadas pela Defesa Civil, por risco de desabamento e ainda estão sem saber para onde ir.

Em entrevista ao Jornal de Juatuba e Mateus Leme, o vereador Messias Leão afirmou que diversas desabrigados têm reclamado sobre a ausência da concessão de auxílio moradia pela prefeitura, e com isso estão voltando para residências mesmo estando sujeitas a riscos. “Eu gostaria de chamar atenção da secretaria de Assistência Social e da Defesa Civil, para que olhem com carinho essas pessoas que estão em situação real de risco. Algumas me relataram que tiveram que retornar para as casas condenadas, justamente pela falta de auxílio e amparo do poder público. Isso tem que ser resolvido urgentemente, pois estamos falando de vidas e elas importam”, destacou.

“Prejuízos de uma vida inteira”

Centenas de moradores estão tentando recuperar a vida normal depois dos prejuízos causados pelas enchentes. É o caso do pedreiro Ítalo Augusto Ferreira, de Juatuba, que perdeu tudo. “Quando tentava retomar a vida, a lama invadiu minha casa novamente. Dessa segunda vez consegui tirar as coisas a tempo”.

Em Mateus Leme, os moradores do Distrito de Azurita, que antes não tinham sido atingidos pela força das águas continuam ilhados, sem ônibus coletivos e sinal telefônico. A aposentada Maria de Lourdes da Silva disse que não sabe como vai fazer para reconquistar o que perdeu. “Eu não tenho geladeira, eu não tenho sofá, o fogão entupiu, eu não tenho nada. É uma vida inteira levada pela água e pela lama”.

Já na casa do motorista Geraldo Gomes, a água chegou até o telhado. Ele e a mulher calculam um prejuízo de quase R$ 100 mil. “Perdemos tudo, todos os móveis, roupas e até os animais foram arrastados pelas fortes correntezas do rio Cachoeira. Agora é pedir a Deus pra tentar recomeçar do nada, lutando e trabalhando pra recomeçar a vida”.

Vereadora quer novo projeto que garante aquisição de móveis perdidos nas enchentes

A vereadora Irene de Oliveira, propôs durante a reunião desta semana, que o prefeito Dr. Renilton Coelho, encaminhe à Câmara um novo projeto que garanta recursos aos atingidos pelas enchentes, para a aquisição de móveis pelos atingidos com as últimas chuvas.

De acordo com a parlamentar, após rever o projeto aprovado pelo legislativo, que garante um auxílio emergencial às pessoas que sofreram com as enchentes, foi identificado que não existe uma emenda ou um trecho que mencione a aquisição de bens móveis, que foram destruídos. “Sugiro ao prefeito que encaminhe essa demanda ao legislativo, afinal as pessoas atingidas não terão condições para a aquisição de novos bens móveis, eletrodomésticos e utensílios domésticos”, alertou. O líder do prefeito, o vereador José Ronaldo, garantiu que vai repassar a solicitação ao executivo municipal.

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