Em março de 2022, Juatuba viveu uma epidemia de dengue sem precedentes. A cidade figurou como destaque entre os municípios de Minas Gerais onde, além da incidência da doença, os focos do mosquito Aedes Aegypt eram muito altos. Um ano depois, a situação atual não fica muito distante do cenário já vivido pela população: os números do novo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, divulgados essa semana, mostram que Juatuba tem 41 casos de dengue confirmados, enquanto em Mateus Leme, foram 30 casos, um crescimento de 66% com relação ao mesmo período do ano anterior.
O alerta sobre os municípios estarem vivendo uma epidemia da doença, foi feito pelo vereador Marcos Leiturista, que buscou atendimento na Policlínica de Juatuba na última semana. “Estive acometido por uma doença e fui consultar na Policlínica. A quantidade de pessoas com sintomas da Dengue me assustou. E o atendimento está precário, são horas de espera e sofrimento”, relata.
Segundo Ted Saliba, as reclamações sobre a doença na cidade aumentaram muito e a maior culpada da epidemia é a própria prefeitura, que segundo ele, não tem feito o trabalho de monitoramento e prevenção nas regiões com maior índice de infestação. “Os agentes de endemias que combatem a dengue, sequer têm equipamentos de proteção individual para trabalhar. Me parece que o prefeito cruzou os braços com temas relevantes de Saúde pública em nossa cidade”, disse.
Alerta foi feito
Em fevereiro passado, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme divulgou reportagem sobre a dengue em Minas e especificamente em Juatuba e Mateus Leme. No dia 23, dados da Secretaria de Estado de Saúde, confirmaram que Juatuba tinha apenas um caso da doença e outro de febre Chikungunya; já Mateus Leme, seguia até então, sem registros confirmados ou suspeitos.
Na época, o principal tema dos comentários foi o descaso com o combate à doença em Juatuba. A alegação dos internautas era que a prefeitura não estava promovendo fiscalização nas casas e tampouco campanhas de conscientização da população.
Na reportagem, vários cidadãos questionaram também se os agentes de endemias do município estavam fiscalizando o pátio do Palácio dos Leilões, um dos locais onde há maior probabilidade de haver de focos do mosquito transmissor. Segundo a Secretaria de Saúde do Município a empresa estava sendo fiscalizada, apesar de nenhum laudo ou notificação ter sido divulgado.
No estado
Até o último dia 27, Minas Gerais registrou 131.032 casos prováveis de dengue. Desse total, 46.619 casos foram confirmados para a doença. Há 15 óbitos confirmados e 64 em investigação.
Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 36.011 casos prováveis da doença, dos quais 10.895 foram confirmados. Até o momento, foram confirmados quatro óbitos por Chikungunya em Minas Gerais e 14 estão em investigação.
Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registrados 164 casos prováveis. Há dez casos confirmados para a doença e não há óbitos por Zika, até o momento.
