Serra Azul quer intervenções em viela que ficou conhecida como “Beco da morte”:

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Local foi cena de um crime bárbaro de estupro em janeiro deste ano, que ocasionou na morte de uma jovem de 20 anos

“Beco da morte” é o nome que os moradores e comerciantes do Distrito de Serra Azul deram a uma viela usada pela população para atravessar para o alto da Boa Vista. O local foi palco de um crime bárbaro, no qual uma jovem de 20 anos foi estuprada e morta. Ela chegou a ser socorrida e contou aos policiais que foi atacada por um homem desconhecido e deu características do mesmo. Enquanto relatava o ocorrido aos militares, a mulher teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

O depoimento da jovem e gravações de câmeras de um comércio próximo ao local onde a jovem foi encontrada, ajudaram a polícia a localizar o criminoso, um homem de 32 anos, que foi detido e confessou o crime.

Após o luto, críticas e cobranças

O crime chocou e deixou os moradores revoltados. Segundo eles, o local está abandonado pela administração, não oferece segurança porque é pouco movimentado, está sujo, cheio de mato e sem iluminação. “Não quero que aconteça nada de ruim com ninguém. Já pedimos diversas vezes para a prefeitura nos ajudar, mas até o momento não houve nenhuma solução. Fica mesmo um sentimento de revolta”, revela o ex-namorado da jovem.

O morador Wellington Lima, que lidera o movimento com o objetivo de pressionar a prefeitura a fazer obras para melhorar a segurança do local, gravou um vídeo mostrando a sujeira, lixo e mato. “Eles tinham que fazer pelo menos a limpeza no local. Não nos mobilizamos antes porque ficamos chocados e quase sem ação depois do crime, mas agora vamos cobrar”, diz.

segundo Wellington, existe projeto de abertura de uma rua no local, mas ele não saiu do papel. “Pretendiam abrir uma rua, mas enquanto não fazem, é preciso realizar intervenções básicas e instalar iluminação. Muita gente transita aqui, para buscar água em uma bica do outro lado do beco, como a jovem iria fazer quando foi estuprada”, conta.

Diversos comerciantes e moradores confirmaram à reportagem a necessidade das obras: “A gente tem comércio e fica com muito medo da bandidagem. O local também é ponto de uso de drogas”, disse um comerciante.

O dono de outro comércio disse que a comunidade quer fazer um abaixo assinado para enviar para a prefeitura. ”Esse beco é um perigo e a expectativa que se transforme em uma rua é um sonho antigo. Será que só irão tomar providências quando ocorrer outra fatalidade”, questiona.

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