“Por se tratar de uma questão da esfera privada do servidor, não há nenhum interesse do município de estar investigando”, diz procurador
Após quase um mês de investigações, a Polícia Civil de Mateus Leme concluiu o inquérito sobre a denúncia de um crime de assédio, que teria sido cometido por um servidor da Prefeitura de Mateus Leme. Na época, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme recebeu prints e áudios que mostravam a atitude do servidor público, casado, convidando uma jovem para ir com ele a um motel, tomar uma “banheira de hidromassagem e bater um papo”.
Ainda no áudio, o indivíduo afirmou que “ninguém precisaria ficar sabendo” e que “se a jovem precisar de algum dinheiro”, que ele a ajudaria, porque hoje o “mundo está desse jeito”. A mulher recusou a proposta do servidor, argumentando que além de ele ser casado, ela era amiga da esposa dele. Mesmo assim, ele reiterou que não havia necessidade de ninguém ficar sabendo do encontro, caso ela aceitasse a proposta. O servidor ainda disse no áudio que naquele dia não havia ingerido bebida “nem uma cerveja e que a mulher sempre o deixou daquele jeito”. Mesmo diante da recusa, ele insistiu mais uma vez, afirmando que ela não precisaria dar resposta na hora e que poderia pensar melhor na proposta.
A jovem além de ter recusado a proposta entrou em contato com a Polícia Civil e fez denúncia contra o indivíduo, por crime de assédio sexual. Nesta semana o inquérito foi concluído e o servidor de iniciais A.A, de 45 anos, foi indiciado pelo crime cometido contra a dignidade sexual. “Ele foi indiciado, responderá em liberdade e está à disposição da justiça”, pontua nota.
Em contato com a procuradoria da Prefeitura, a reportagem foi informada que o servidor não sofreu advertência e nem deve ser submetido a processo administrativo. Segundo o procurador adjunto, Maxsuel Rodrigues Evangelista, não há nenhum processo administrativo instaurado e “por se tratar de uma questão da esfera privada do servidor, não há nenhum interesse do município de estar investigando”, afirmou.