Servidora contesta denúncia de perseguição na Liga Esportiva

Geraldo Ricardo de Lima sai para embate e diz que funcionários da entidade irão testemunhar contra a servidora na Tribuna da Câmara

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Na última semana, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme publicou reportagem sobre o pronunciamento do Presidente da Liga Esportiva Eclética de Juatuba, Geraldo Ricardo de Lima, na tribuna do Legislativo, em que ele acusa o prefeito Adônis Pereira de perseguição. Geraldo Ricardo denunciou que a entidade vem sofrendo constrangimento, após os repasses para a promoção do esporte na cidade terem sido cortados.

Ele disse que a perseguição começou após a ida dele à Câmara, como presidente do Sindicato dos Servidores, para denunciar a prática de assédio moral pela secretária de Saúde, Amélia Augusta. E acusou a servidora e presidente da comissão de fomentos da prefeitura, Luana Rezende Lopes dos Santos, de reprovar as contas da Liga por pressão do prefeito”.

A acusação, acabou rendendo a participação da servidora Luana Rezende Lopes dos Santos, na reunião da câmara esta semana. Em sua defesa, a servidora disse que o presidente da Liga Eclética Esportiva de Juatuba, o senhor Geraldo Ricardo Lima, a acusou de estar perseguindo a entidade.

A servidora destacou que trabalha na Secretaria de Assistência Social há seis anos, no setor administrativo, planejando aplicações de recursos do Governo Municipal, Estadual e Federal. “A comissão da qual faço parte, realiza análise minuciosa para saber se cada gasto realizado, condiz com a finalidade do objeto, e se o recurso gasto foi para atender a entidade. Fazemos a avaliação de nove entidades, não apenas dessa. Nosso papel é tratar todas entidades da mesma forma e não existe essa questão de perseguição política. A todas as entidades foram pedidos o detalhamento das contas de telefone”, disse.

Luana disse também que ela é quem está sendo perseguida pelo representante da Liga que é também presidente do Sindicato dos servidores, por apenas cumprir seu papel. “A mim ele não representa em nada”, completou. 

Ela apresentou todos os questionamentos feitos à entidade, principalmente os relativos à telefonia, que “estavam sendo apresentados em conjunto com serviços de entretenimento”. Outro fato que foi contestado pela comissão foi a contratação de uma retroescavadeira por nove horas, pelo valor de R$1.170, que segundo a entidade seria para o rebaixamento de gramado. “A comissão sugeriu que os serviços fossem feitos exclusivamente com maquinários dispostos pela prefeitura, evitando serviços de terceiros, evitando também a duplicidade de trabalhos feitos pelo executivo e outras empresas”.

Luana destacou que o real motivo da reprovação das contas da Liga Esportiva, foi a contratação por um ano de um taxi, para fazer corridas, pelo valor fechado de R$430 por mês. ”Ao solicitar as planilhas com deslocamentos, diárias, dias, locais, horários, motivos de utilização, a entidade disse que não possuía a planilha e que era utilizado para lotéricas, bancos, prefeitura e etc. A comissão julgou que taxi não cumpre o objeto do termo, além de não ter comprovação por onde o veículo circulou. Além do comprovante de pagamento ser apresentado com o próprio papel timbrado da entidade”, revela.

A servidora pontuou ainda que houve a contratação de dois advogados pela entidade, e que foi solicitada a justificativa. Além disso houve a contratação de mais três prestadores de serviços, todos servidores da prefeitura. Por isso reprovamos a prestação de contas. 

Segundo Luana, ela pediu para sair da presidência da comissão. “Não vou dar a você o gostinho de me tirar, já pedi para sair e saio de cabeça erguida. Até o papa poderia me pedir para aprovar a prestação de contas, mas da forma que estava, eu nunca aprovaria”.

Os vereadores

Os parlamentares teceram vários elogios à servidora pela coragem em se manifestar. 

“A minha preocupação é com o público que está nos acompanhando nas redes sociais. Não é nosso mérito julgar o que é certo ou errado. Apenas promovemos o direito a defesa a qualquer cidadão que foi citado”, pontuou o vereador Marcos Leiturista.

Já Laécio do Silvestre se propôs a intermediar o conflito, para encontrar uma saída para que os pais de família que trabalham na Liga possam receber os salários atrasados. 

“Funcionários da Liga irão testemunhar contra a servidora”

Questionado sobre as falas da servidora na Câmara, o presidente da Liga Eclética Esportiva de Juatuba, Geraldo Ricardo de Lima afirmou que os funcionários da entidade já solicitaram à presidência espaço para que possam apresentar a versão deles dos fatos.

 

Geraldo Ricardo de Lima. Imagem: Câmara de Juatuba

“Eles que são os mais interessados por estarem sendo prejudicados com a falta de repasse, já solicitaram o espaço. Irão esclarecer que quando foram procurar a servidora, ela afirmou a eles que estava sendo pressionada pelo chefe do controle externo. Quando eles a procuraram, ela disse que as contas estavam corretas e estava sofrendo pressão. Essa servidora falou muitas coisas que não são verdade. Ela quer sair da comissão justamente por isso. Posso adiantar que as contas da entidade estão todas corretas”, finalizou Geraldo. 

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