Nesta sexta-feira, 16, ocorreu na sede do Sindicato dos Servidores Públicos de Juatuba, assembleia geral extraordinária que decidiu quais medidas os servidores deverão adotar após a ausência de proposta de reajuste pela prefeitura.
De acordo com o presidente da entidade, Geraldo Ricardo de Lima, os servidores decidiram, por unanimidade, realizar o que eles intitulam de “operação tartaruga”.
“Ficou decidido que nós vamos reduzir a jornada de trabalho, ou seja, faremos a operação tartaruga. Os próprios servidores irão decidir o horário que irão chegar no serviço e o horário de saída. Além disso, todos os servidores irão para o local público para reivindicar o reajuste. Não será uma greve total, mas sim, uma redução da carga de trabalho. Vamos avisar toda população através da mídia local que todos os setores irão congregar juntos, na secretaria de obras, na Saúde e na Educação”, explica Geraldo.
O sindicalista explicou ainda que a redução da jornada de trabalho está expressa em lei e pode ser feita para garantir os direitos dos servidores. “Na segunda-feira, iremos encaminhar ofício a todos os secretários e autoridades, anunciando a medida decidida na assembleia. Devo ressaltar que com base na legislação, nenhum corte de horas ou de pagamento deverá ser feito. É direito do servidor requerer o reajuste”, finaliza.
“Infelizmente a Secretária de Educação passa por cima da legislação, faz o que quer e persegue servidor público”, diz presidente do SindSerj
Em uma tentativa atrasar o início da redução da jornada de trabalho, a secretária de Educação, Denise Navarro, emitiu comunicado, pontuando que o SindUTE encaminhou à Secretaria de Educação, um ofício anunciando Assembleia Geral que deverá ocorrer no próximo dia 19 de junho.
No informe, Denise pontuou que “de acordo com a Procuradoria Geral do Município, legalmente, o sindicato da Educação é o SindUTE”. Sendo assim, a Secretaria liberaria apenas um representante de cada unidade escolar para comparecer à Assembleia do SindSerj.
Em entrevista ao Jornal de Juatuba e Mateus Leme, Geraldo Ricardo de Lima, presidente do SindSerj, disse que a Secretária está equivocada em dizer que o SindUTE é o representante da classe na cidade.
“Nós temos todos os documentos no Ministério do Trabalho e Emprego em Brasília, constatando que nós somos o único representante dos funcionários públicos de Juatuba. Esse ofício fechando as escolas e creches no dia 19, para um sindicato que não representa os servidores e sequer é da cidade é uma lástima. Enviamos um ofício a secretária, requerendo direitos iguais, e ela informou que o representante oficial dos servidores não somos nós. Infelizmente, essa senhora passa por cima da legislação, faz o que quer e persegue servidor público”.
Geraldo revela ainda que infelizmente o direito de diversos servidores da educação foi cerceado, pois segundo ele, os mesmos foram impedidos de irem à Assembleia por seus respectivos diretores à mando da Secretária de Educação. “Todas diretoras que jogam no time do prefeito proibiram e instigaram os educadores a não vir. Eles podem esperar, vamos colocar os servidores em manifestação nas ruas, inclusive com carro de som”, alertou.
Câmara concede reajuste aos servidores e agentes políticos
Diferentemente da prefeitura de Juatuba que ainda não se manifestou sobre o reajuste dos servidores, a Câmara já se pronunciou oficialmente. Durante a reunião desta semana, o presidente do Legislativo, Laécio do Silvestre anunciou na presença do prefeito que a Câmara, por meio de Projeto de Resolução, já autorizou um reajuste de 5,93% aos servidores do legislativo e também aos vereadores.
Durante a reunião, os vereadores Laécio do Silvestre, Ted Saliba e Marcos Leiturista cobraram novamente o encaminhamento do Projeto de Lei pelo prefeito, concedendo reajuste aos servidores. Os parlamentares solicitaram que Adônis encaminhe o texto no início da próxima semana, já para ser distribuído na reunião da próxima segunda-feira.