Servidores dispensados pela Prefeitura de Mateus Leme ainda não receberam rescisão contratual

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É comum na mudança de administração que cargos comissionados e contratados fiquem vagos e abram espaço para outros profissionais. Essa alteração, nem sempre motivada pela competência de quem ocupa a vaga, ocorre muitas vezes por conveniência política, principalmente, quando opositores sobem ao poder. Em Mateus Leme, os contratados da prefeitura tiveram uma surpresa ao chegar para trabalhar no último dia 4 de janeiro. Eles foram informados que poderiam retornar para casa e que seriam chamados nos dias seguintes para retornar aos seus postos de trabalho. Poucos de fato foram convocados a voltar, entretanto, os demais continuam há quase 30 dias aguardando, sem previsão de rescisão ou pagamento dos vencimentos.

É o caso de Wilber de Oliveira Cardoso. Há oito anos ele exercia o cargo de agente de combate endemias no setor de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde. Ele conta que passou pela administração do ex-prefeitos Marlon Guimarães e Júlio Fares sem nenhum tipo de queixa sobre seu trabalho. É importante destacar que, apesar de atuarem durante todo o ano, é no primeiro trimestre que os agentes de endemias têm suas atividades intensificadas na prevenção à dengue.

Wilber explicou que quando chegaram no primeiro dia útil ficaram aguardando a visita de representantes da administração das 6h às 10h para definir o que ocorreria com seus contratos. O que ocorreu foi que eles apenas ligaram para a secretaria e dispensaram os trabalhadores, sem esclarecer se continuariam em suas posições ou se seriam demitidos. “Eles tinham o prazo de 10 dias úteis após o rompimento do contrato para acertar com a gente e até agora nada. Essa semana me ligaram para levar o uniforme, porque querem o uniforme e o cartão de passagem. Eu quero devolver tudo, mas também quero o que é meu, que são três férias que tenho para receber”, detalhou.

Para não ficar sem fonte de renda, o ex-agente começou a trabalhar como motorista de aplicativo. Nesse meio tempo, foram diversas tentativas de obter retorno da administração sobre os valores devidos a ele na rescisão contratual. “Fui lá já quatro vezes e fica aquele jogo de empurra. Você liga no RH eles falam que não foi passado nada para eles. Para os que não tem coragem de briga, eles falam que vão acertar dia 5, só que eu cansei… eu pago aluguel, tenho minhas contas”, indignou-se Wilber.

A situação dos contratados da prefeitura dispensados já estava entre as polêmicas muito comentadas pelos moradores de Mateus Leme. Wilber e os demais colegas que se encontram ainda na indefinição espera que, pelo menos agora, a administração cumpra com a palavra e acerte o pagamento, para que eles possam seguir em frente.

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