A situação crítica da falta de infraestrutura e iluminação pública nas ruas de Juatuba continua a mesma. E para completar, o empréstimo de R$25 milhões aprovado pela Câmara em setembro de 2022, ainda sequer foi autorizado pela Caixa Econômica Federal, por falta de documentação do município.
A informação foi dada pelo presidente da Câmara, Laécio do Silvestre, durante a primeira reunião ordinária após o recesso parlamentar. Segundo o vereador, o processo licitatório para as empresas interessadas em executar as obras sequer foi iniciado, devido ao atraso da entrega de documentação da prefeitura para a CEF.
Após fala do presidente, o vereador Marcos Leiturista criticou a morosidade da aplicação dos recursos, afirmando que as obras só não iniciaram por “ingerência do executivo”.
Laécio lembrou que quando os vereadores foram aprovar o empréstimo, ele mesmo disse que o início das obras demoraria, devido à extensa documentação que a prefeitura deveria apresentar à Caixa. “Foi avisado aqui que nós só iríamos dar o pontapé de um processo demorado. Nós liberamos o pedido de empréstimo, agora é com a Caixa”, relata.
Embora tenha explicado a razão da demora de liberação do empréstimo, o presidente do Legislativo não informou quais documentos a prefeitura está tendo dificuldade em repassar à CEF. A reportagem tentou contato com a prefeitura, mas ninguém informou qual seria a documentação faltante no processo de liberação do empréstimo.
As obras
O dinheiro será destinado para a execução de seis km de pavimentação de vias no município, sendo prioridade as ruas que possuem passagem de transporte escolar e tenham maior número de moradores. De acordo com o projeto, os valores serão aplicados também na melhoria da iluminação pública.
Não caiu no gosto popular
Mesmo após tanto tempo de espera, os políticos apostavam que a liberação dos recursos “cairia no gosto popular, ou seria esquecido’, segundo um político da cidade. No entanto, ainda está em andamento um abaixo assinado de moradores de Juatuba, preocupados com a situação financeira do município. Informações apuradas pela reportagem, dão conta que o documento já conta com 600 assinaturas.
Além da lista, populares ingressaram com uma Ação Popular, pedindo para que o empréstimo seja embargado. No documento, os populares afirmam que o empréstimo, “caso seja concretizado, geraria um grande prejuízo e vai comprometer a saúde financeira do município, além de “gerar a sensação de que se trata de uma atitude com finalidade eleitoreira”.
