Sindicalista critica prefeitura após sindicância contra professora que denunciou merenda escolar

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Após a polêmica envolvendo a denúncia da professora Andressa Bernardes, do Centro Municipal de Educação Infantil Leandro do Carmo de Freitas, CEMEI Canaã, sobre a qualidade da merenda escolar oferecida às crianças, o Sindicato dos Servidores Públicos de Juatuba entrou na briga. O presidente da entidade, Geraldo Ricardo, fez duras críticas à administração municipal, especialmente ao Secretário de Administração e Educação, em um vídeo divulgado nas redes sociais. O sindicalista acusou a prefeitura de retaliação contra a professora, que denunciou publicamente o estado inadequado das frutas distribuídas na escola.

No vídeo, Geraldo Ricardo expressa sua indignação e acusa a administração de intimidar servidores públicos que cumprem suas obrigações. “Venho mais uma vez, indignado com o que está acontecendo nesta administração pública”, iniciou o sindicalista. A principal crítica de Ricardo é a forma como a gestão municipal lida com a denúncia da professora Andressa, que, após divulgar vídeos mostrando frutas em péssimo estado para consumo, passou a ser alvo de um processo de sindicância aberto pela prefeitura.

O sindicalista acusa a atual gestão de intimidar a professora no ambiente de trabalho.  “O gestor da pasta veio intimidar uma professora servidora no local de trabalho dela, tudo porque ela estava cumprindo o seu dever, conforme o Estatuto do Servidor Público”, afirmou Ricardo. Ele explica que a professora Andressa, que denunciou a baixa qualidade da merenda escolar, alegou que as frutas fornecidas eram impróprias para consumo e que já havia alertado os responsáveis anteriormente.

No entanto, o problema persistiu, levando-a a expor a situação publicamente em vídeo. Segundo o sindicalista, o papel da professora foi o de proteger as crianças e alertar a comunidade sobre o que estava acontecendo, e não de fazer qualquer tipo de crítica política. “Ela reclamou, sim, do alimento servido para as crianças. E aí, ao invés da prefeitura fazer seu trabalho e tomar providências, o gestor da pasta foi até o local de trabalho da servidora para intimidá-la”, afirmou o sindicalista.

Perseguição política


Durante o vídeo, Geraldo Ricardo dirigiu parte de suas críticas aos secretários que, segundo ele, vêm de fora da cidade e adotam uma postura autoritária e de fiscalização contra os servidores públicos de Juatuba. “Esses secretários forasteiros vêm para a nossa cidade e, ao invés de trabalharem, intimidam os servidores”, criticou.
Além da professora Andressa, Geraldo relatou outros casos de suposta perseguição, como o de um motorista que, segundo ele, foi perseguido politicamente e teve seus direitos, como o usufruto de férias, negado pela gestão municipal.

O sindicalista ainda disse que o SINDISERJ tomará as medidas legais para proteger os servidores que estão sendo alvos de assédio e perseguições políticas. “Nós não comemos na mão de prefeito e não compactuamos com os desmandos dessa administração”, disse Ricardo, acrescentando que o caso será levado ao Ministério Público para investigação.

Assédio Moral

As críticas do sindicalista não se limitaram apenas ao caso da professora Andressa. Ele acusou a administração de ter cometido assédio moral contra os servidores públicos e de abrir processos administrativos para atender a interesses particulares e políticos. “Há muita lama por baixos desses processos administrativos”, denunciou. Segundo ele, servidores estão sendo intimidados e perseguidos por questionarem ou denunciarem irregularidades. “Não vamos deixar uma pessoa honrada, que tem família, ser intimidada dessa maneira. Vamos tomar todas as medidas necessárias para proteger os servidores”, afirmou.

Além das críticas sobre a intimidação dos servidores, Geraldo Ricardo também responsabilizou a administração pela má qualidade dos alimentos fornecidos às crianças. “As nossas crianças não são obrigadas a comer produtos estragados. A prefeitura deveria ter tomado providências para apurar quem mandou servir e fornecer essa porcaria para as nossas crianças. Essa é a sua obrigação nas licitações”, declarou.