Quem passa pelo bairro Quinta das Braúnas, em Juatuba, certamente já se indignou com a quantidade imensa de lotes vagos acumulando cada vez mais sujeira, mato e lixo. O descarte de resíduos nas vias públicas e em lotes sem muros já faz parte do cenário do bairro. O resultado é um quadro de desolação, como se não houvesse moradores no lugar, além do aparecimento de animais peçonhentos e focos do mosquito da dengue.
Segundo os moradores, apesar das reclamações serem constantes e o poder público já ter sido acionado diversas vezes para resolver o problema, a situação de sujeira e desamparo por parte das autoridades persiste. Uma moradora, que não quis se identificar alertou que a população vem sendo obrigada a conviver com o problema da sujeira há vários anos já que nos últimos meses não há qualquer fiscalização. “Isso aqui parece um lixão. A gente pede a conscientização da população, mas ninguém faz nada para mudar a situação que vem se arrastando há anos, mas tem piorado muito nos últimos tempos”, explicou.
Como consequência da falta de consciência de parte da população e da falta de cuidado dos proprietários dos imóveis, os lotes se tornaram moradia de diversos insetos e animais peçonhentos. “Você olha e só vê mato. O que a gente mais encontra aqui são escorpiões, aranhas e baratas”, afirmou.
Um dos locais com maior acúmulo de lixo é a rua 12, próximo a uma igreja. “Antes, os donos até vinham aqui, mas agora simplesmente esqueceram o lote. Nós não podemos nem fazer a capina por conta própria, pois o lugar é cercado e estaríamos invadindo a propriedade dos outros. O jeito é viver dessa forma, com medo e sem poder fazer nada”, desabafou.
Notificação coletiva
Devido às intensas reclamações referentes à limpeza pública, a Prefeitura divulgou notificação coletiva aos proprietários de lotes e terrenos para que os mesmos promovam a capina, limpeza e retirada de lixo e entulhos. A medida seguiu orientação do código de posturas do município e os donos de terrenos tiveram 30 dias para efetuar a limpeza dos locais. A notificação exigia também que os proprietários fizessem as obras necessárias nos passeios de seus imóveis.
