Após reportagem do Jornal de Juatuba e Mateus Leme, sobre a notificação do Ministério Público ao prefeito Dr. Renilton Coelho, a respeito da denúncia de vários crimes, entre eles formação de quadrilha, corrupção e recebimento de propina, o assunto foi tema de pronunciamento na Câmara do vereador Dr. Aldair Guimarães.
Citando a reportagem, o parlamentar leu um trecho do procedimento investigatório criminal proposto pela Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Criminal contra os agentes municipais de Mateus Leme.
O vereador disse que a denúncia feita pelo Jornal de Juatuba e Mateus Leme é procedente, já que existe um processo criminal de investigação. “Esse jornal é conceituado e sempre retratou a verdade, não vejo porque as pessoas ficarem dizendo nas redes sociais que a matéria se trata de Fake News, já que existe de fato uma investigação em andamento, inclusive narrando os mesmos fatos relatados pelo semanário”, disse Aldair.
De acordo com o processo lido pelo vereador em plenário, a procuradoria busca apurar a prática dos delitos de corrupção passiva, fraude em licitações e desvio de dinheiro público. No documento, entre os envolvidos, são citados como supostos participantes do “esquema de fraude e propina” a empresa Agás Distribuidora de Oxigênio de Itaúna e também a Cooperativa Sudeste de Transporte.
A investigação diz respeito também à contratação de uma empresa laranja e nomeação da servidora Fernanda Dias Becalli, para cargo público diverso daquele para o qual ela teria sido aprovada em concurso público.
O processo apura ainda pagamentos às empresas “Time Transportes” e “Reistec Assistência Técnica de Aparelhos Odontológicos”, por serviços supostamente não prestados. É apurado também, um esquema de cobrança de propina para concessão de licenças e alvarás sanitários.
Proposta de CPI
Com base procedimento investigatório criminal, Dr. Aldair Guimarães pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, para que os vereadores apurem as possíveis práticas de corrupção passiva, fraude em licitações e desvio de dinheiro público. Apenas o vereador Guilherme do depósito se mostrou favorável à abertura de CPI, os demais solicitaram que a proposta fosse “discutida em uma reunião interna dos vereadores”.