A Serra do Elefante foi novamente devastada. Os incêndios que são comuns, principalmente nesta época do ano, têm como principal causa a exploração turística desregrada e a falta de controle e atenção do poder público. O fogo, que consumiu uma extensa área, foi registrado em inúmeros vídeos e fotos nas redes sociais e, junto às labaredas os depoimentos de quem se indignou mais uma vez com a falta de atitude das autoridades. No Facebook e Instagram fotos, vídeos e lamentações.
A revolta foi grande e o assunto chegou à reunião da Câmara municipal esta semana com a manifestação da vereadora Irene de Oliveira, presidente da Comissão de Meio Ambiente, que encaminhou à mesa diretora solicitando reunião urgente com a Associação dos Amigos da Serra do Elefante, a Brigada 1 e a Igreja Católica, que mantém uma capela no alto do morro.
“Para evitar a devastação do local, o que causaria um prejuízo incalculável ao meio ambiente, tanto para Mateus Leme quanto para Juatuba, estou convocando este encontro para discutir com coragem o uso da Serra, sem perder de vista sua preservação em todos os níveis. O intuito é debater com as entidades primeiro e depois traçar um plano de ação para resolver o problema”, disse Irene.
“Os heróis salvaram a Serra mais uma vez”
Em praticamente todas as publicações do dia seguinte ao incêndio, a Brigada 1 foi lembrada e aclamada por salvar a Serra do Elefante do fogo. Dentre os comentários estavam agradecimento, chamando os brigadistas voluntários de heróis por protegerem o maior recurso natural da cidade.
Em contato com a Brigada, a reportagem foi informada que as chamas devastaram cerca de 10 hectares, o que representa em média 10 campos de futebol. A entidade afirmou também que o incêndio foi criminoso e, com certeza, devido à aglomeração de turistas no local. “A Serra do Elefante é uma unidade de conservação e deve ser respeitada pelo poder público. Ir passear e aproveitar o que tem de bom no local, é um prazer. O que não se pode admitir é fazer da Serra um local de destruição da natureza e dos animais. Combater o fogo é nosso dever, mas evitar os incêndios é um prazer maior ainda para nós”, disse a coordenadora da Brigada, Sileny Andrade Menezes.
Sileny destacou que o combate ao incêndio na Serra no último final de semana, não teve a participação do Corpo de Bombeiros. “Acionamos os Bombeiros, mas quando eles chegaram a Mateus Leme, a Brigada já havia dominado as chamas e estávamos no rescaldo. Comuniquei ao Comandante por telefone que eles poderiam retornar para Contagem, onde também havia vários focos de incêndios”.