Vereadores do PDT devem seguir partido e votar contra a “taxa do lixo”

Projeto do prefeito Adônis Pereira continua travado nas comissões da Câmara

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Não está nada fácil o imbróglio envolvendo o vereador Laécio do Silvestre que em breve será o secretário de meio ambiente de Juatuba, os interesses do prefeito Adônis Pereira em aprovar a taxa do lixo e a posição do PDT, partido de Laécio, de rechaçar qualquer nova cobrança de tarifas pela população.

O parlamentar não deve estar nada confortável, pois mesmo depois de receber e aceitar o convite para ser secretário da pasta de meio ambiente do prefeito Adônis Pereira, terá que votar contra o projeto de lei de autoria do executivo e que propõe a cobrança. Laécio deve votar de acordo com o partido, sob o risco de incorrer em infidelidade partidária.

Recentemente, o PDT ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, em face da Lei que instituiu o “Novo Marco Legal do Saneamento Básico” no Brasil. Para o partido, o saneamento compreende o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. O PDT ainda é contrário a criação de taxas e tributos que venham a fazer com que a população se divida entre ricos e pobres, os que tem condições de pagar e os que não tem e não podem receber o serviço de coleta, distribuição e água e até esgoto. 

Impasse 

Nas últimas semanas, o assunto mais comentado e criticado em Juatuba tem tema recorrente: a criação da taxa do lixo proposta pelo prefeito Adônis. Embora o projeto esteja travado nas comissões do Legislativo, ainda promete render boas discussões. Apesar de a reportagem ter questionado todos os parlamentares sobre o assunto, apenas os vereadores Ted Saliba, Messias Leão, Jurandir e Laécio do Silvestre, responderam. Na ocasião, Laécio disse que votaria contra, porém, destacou que consultaria o partido.

Tudo muda

Com o convite para integrar o primeiro escalão do governo municipal, Laécio passa a fazer parte do grupo governista e, fica a pergunta sem resposta: por fazer parte do grupo governista, o vereador vai mudar de opinião e voltar favoravelmente à taxa do lixo?

Nos bastidores da Câmara, os comentários são de que a intenção é que o projeto fique travado, até que o suplente de Laécio, Fernando da Auto Escola, tome posse. Porém, Fernando também integra os quadros do PDT e como a sigla se posiciona contra a cobrança, o novo vereador, assim que assumir uma cadeira no Legislativo, terá uma difícil decisão a tomar: votar com o prefeito e responder por infidelidade partidária, ou votar seguindo as recomendações do PDT e desagradar Adônis. Entre deixar o prefeito aborrecido ou correr o risco de ficar sem o mandato, há quem aposte que a decisão já foi tomada.

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