As tarifas do sistema de transporte coletivo metropolitano de Belo Horizonte aumentaram no último domingo, conforme previsão contratual, que ocorre anualmente. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) recebeu das empresas que operam o sistema o pedido de reajuste 35,68%. No entanto, o aumento autorizado foi de 9%. O percentual leva em consideração a inflação para o período, o valor de atualização do óleo diesel e demais insumos.
De acordo com os cálculos da Seinfra, o reajuste poderia ser de 11,03%. Porém, graças ao aporte de R$ 104 milhões destinados pela União ao sistema metropolitano de transporte de Belo Horizonte por meio da Emenda Constitucional nº 123, foi possível reduzir o percentual para diminuir o impacto no bolso do usuário. Para efeito de comparação, caso o percentual solicitado pelas empresas fosse autorizado, a tarifa preponderante do sistema, que atualmente é de R$ 6,60 passaria a ser de R$ 8,95. Com a correção autorizada pela Seinfra, o valor preponderante será de R$ 7,20, ou seja, R$1,75 menor do que o pedido pelas empresas. Em algumas cidades da RMBH, como Contagem, o aumento foi de 10%.
O preço da linha 3957, que faz o trajeto Mateus Leme à Estação Eldorado que era de R$12,25, passou para R$13,35. A linha 3950, de Juatuba para Azurita, passou de R$4,50, para R$4,90. Já a linha 3956 que circula entre Azurita, Mateus Leme, Juatuba e Belo Horizonte pelo Serviço Executivo, passou de R$17,05, para R$18,60. Já a linha 3953 que faz o circuito de Florestal à Estação Eldorado, que era R$12,25, passou para R$13,35.
Reclamações
A reportagem do Jornal de Juatuba e Mateus Leme recebeu nos últimos dias reiteradas reclamações de mateus-lemenses que estão insatisfeitos com o aumento no preço da passagem e também a má prestação de serviço da empresa responsável pela concessão. As principais reclamações são referentes ao atraso e descumprimento de horários, ônibus cheios e má conservação dos coletivos. Os problemas são antigos, e continuam penalizando os usuários, somente no último ano, a reportagem recebeu cerca de quatro reclamações de usuários
Juliana Rodrigues criticou prestação de serviço da linha Mateus Leme/ Eldorado que. Segundo ela o coletivo circula em péssima qualidade, “um dia estraga a marcha, no outro fica sem freio, no dia seguinte o ônibus quebra e assim vai. A falta de respeito com os passageiros é tremenda”. Ainda de acordo com a usuária, além da passagem ser cara, “os veículos são sujos e molhados”.
José do Nascimento, que é morador do Distrito de Azurita também demonstrou insatisfação com os constantes atrasos da linha 3957. De acordo com ele, “Além da linha viver lotada eles atrasam direto, o aumento da passagem não é justo se o serviço que não está sendo prestado com qualidade. Esse contrato deve ser revisto”, reclama.
A Stilo administra a maioria das linhas de Mateus Leme, desde maio de 2021 e, quando assumiu o serviço, prometeu aumentar os horários, colocar em circulação veículos melhores, além de preços de passagens compatíveis com a realidade do município. Todas as promessas, segundo os usuários, não foram cumpridas. O Jornal de Juatuba tentou contato com a empresa Stilo, mas até o fechamento dessa edição não conseguimos contato.
